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Agora no River Plate, Borja revê cenário que o complicou no Palmeiras
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Demorou, mas chegou. Esperado para a Libertadores da América, o colombiano Miguel Ángel Borja, de 29 anos, foi apresentado ontem (12) pelo River Plate na sede do clube em Núñez. Nem bem chegou e quase já foi jogar. O gigante portenho está na província de San Luis para encarar o Barracas Central pela segunda fase da Copa Argentina. A partida começa às 21h30 (de Brasília) de hoje (13) e será disputada em eliminatória simples.
A possibilidade da entrada repentina de Borja tem a ver com a falta de jogadores para a posição. Sem Julián Álvarez, vendido para o Manchester City, e Matías Suárez, com uma lesão muscular, o River conta apenas com o recém-chegado Beltrán para o posto.
Borja iria começar no banco, mas o técnico Marcelo Gallardo considerou precipitado concentrá-lo com o time depois de apenas um treinamento.
Mesmos desafios
A torcida do River recebeu a contratação de Borja com descrédito —afinal, a grande esperança era mesmo a vinda de Luis Suárez, que desistiu de defender o clube depois da eliminação nas oitavas de final da Libertadores, contra o Vélez Sarsfield.
E o "plano B", de Borja, fará o colombiano reencontrar cenários que dificultaram sua passagem pelo Palmeiras.
Borja chegou ao Alviverde em 2017 justamente para substituir um atacante negociado com o City. Há cinco anos, era Gabriel Jesus, e agora é Julián Álvarez. Na época, Borja custou US$ 10,5 milhões (R$ 57,27 milhões na cotação atual) por 75% dos direitos econômicos. Era uma contratação das mais pesadas.
O mesmo ocorre agora. Ele custou US$ 7 milhões (R$ 38,06 milhões) ao River por 100% dos direitos, investimento considerado alto em momento especialmente delicado na economia argentina.
Tanto foi assim que sua chegada demorou uma semana a mais justamente por uma questão envolvendo o câmbio do dólar no país.
O cartaz gigante representou uma pressão que o travou no Palmeiras, segundo o material especial do colega Diego Iwata Lima aqui no UOL Esporte. Tal cobrança, que o fazia sempre se exigir demais, se repetirá agora.
Ainda segundo os relatos que envolveram a passagem de Borja pelo Palmeiras, o colombiano era tímido no dia a dia e desconectado da realidade do clube.
É improvável que ele passe alheio ao momento do River, casa de compatriotas que dividiram a seleção recentemente com ele, como Rafa Borré, Téo Gutiérrez e Juanfer Quintero (que segue por lá).
Mas a introversão também não ajudará em um clube de torcida gigante e apaixonada como o River. O que sim vai ajudar Borja será o calendário ameno do clube neste 2022.
O clube tem apenas a Copa Argentina e o Campeonato Argentino para disputar. Sua sintonia com os colegas pode fluir sem pressa até o grande objetivo do clube —que tem data para acontecer só em 2023, com a Libertadores da América que o River ainda precisa obter vaga. O contrato do colombiano vai até 2025.
Como vai jogar
O técnico Marcelo Gallardo espera de Borja apenas uma coisa: gols. Nada de retroceder ou combater os zagueiros.
Potência e finalização são atributos que este River precisa desde a saída de graúdos como "Nacho" Scocco e Lucas Pratto —o último deles, em 2020.
O concorrente de Borja pela vaga será justamente Beltrán. Braian Romero não correspondeu às expectativas e está para ser negociado. Abertos pelas pontas, Esequiel Barco e Pablo Solari (prestes a chegar vindo do Colo-Colo) são as soluções.
É um River "terráqueo" e cheios de "reforços que não reforçaram", como González Pirez, Elías Gómez, Andrés Herrera, Emmanuel Mammana, Tomas Pochettino e até mesmo Quintero.
Conferir o que Borja fará já é desde já uma das atrações argentinas até a chegada da Copa do Mundo. Depois de sete rodadas, o River vem apenas em 15º, com oito pontos no campeonato local.
O líder é o surpreendente Newell's Old Boys, com 15.
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