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Campeão da Copa do Mundo com a Argentina diz que chorou vendo filme de Pelé
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Quem viu, não esquece. E, às vezes, até chora. A rivalidade não existe na Argentina quando o assunto é o Brasil campeão da Copa do Mundo de 1970. Quem voltou no tempo e escancarou seu amor por aquela seleção foi ninguém menos que um campeão mundial com a seleção azul e branca.
Estamos falando do ex-atacante Jorge Valdano, autor de um dos gols da final do Mundial de 1986 e da conquista argentina sobre a Alemanha, no México.
Valdano está com 66 anos e é sempre procurado por jornais e portais argentinos em suas visitas ao país. Morando na Espanha desde os anos 1980, ele deu uma saborosa entrevista anteontem (14) ao "La Nación" e contou que até chorou vendo o famoso filme sobre Pelé no Netflix.
"A TV entrou na minha casa na Copa de 1970. Quer dizer, entrou com Pelé", contou Valdano. "Via o Brasil com emoção, eu o esperava desde a manhã e o assistia sozinho, na cozinha de casa."
"E me dava o direito de me emocionar porque a Argentina não estava na Copa de 1970", relembrou. A azul e branca foi eliminada pelo Peru nas Eliminatórias, em plena Bombonera.
"Toda minha paixão explodiu com aquele Brasil. É curioso porque, não faz muito tempo, vi o filme do Pelé, muito concentrado na Copa de 1970. Quando aquele time foi campeão, chorei de alegria, e vendo o documentário, chorei de novo, com as lembranças."
"E o Pelé conta no final do filme que também chorou ao ganhar aquela Copa. Foi um choro de alívio. Veja você: uma mesma conquista, o que ela provoca no protagonista e no público. Me surpreendeu muito."
'Incomparável'
No mesmo dia, para repercutir as palavras de Valdano, o técnico César Luis Menotti, campeão com a Argentina na Copa de 1978, também colocou Pelé numa prateleira separada na eterna comparação com Messi e Maradona.
"Pelé foi o melhor de todos. Era incomparável, sobrenatural, impossível. Qualquer jogo para ele era a final da Copa do Mundo. Jogava em um treino e era a final da Copa do Mundo", disse Menotti, que hoje é diretor geral das seleções da AFA.
"Para mim era um prazer estar no campo e ver tudo de perto [Menotti e Pelé jogaram juntos no Santos em 1968]. Fazia coisas impossíveis de se entender. Ele gostava de treinar como goleiro e não usar as mãos, tirava a bola dando uma bicicleta, um peixinho", seguiu Menotti em entrevista à DSport Radio, emissora recém-lançada em Buenos Aires.
"Pessoalmente, não posso colocá-lo em nenhuma comparação porque está longe de todos, absolutamente longe", seguiu. "Depois, cada um em sua época. Vi Cruyff, Di Stéfano, Maradona, Messi. Mas Pelé supera todas as épocas, no meu ponto de vista."
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