Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Rival na semi: 5 coisas para o Fla prestar atenção hoje em Talleres x Vélez
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
O Flamengo é o primeiro semifinalista da Copa Libertadores de 2022. Depois de eliminar o Corinthians, ontem (9), no Maracanã, o Rubro-Negro agora vai conhecer o seu adversário no próximo mata-mata, e ele virá na noite de hoje (10), quando os argentinos Talleres x Vélez Sarsfield retomam a série aberta na semana passada. O Vélez está em vantagem, pois venceu em casa por 3 a 2 no melhor confronto da Argentina em todo o ano.
O jogo de hoje começa às 21h30 (de Brasília) e será disputado no estádio Mario Kempes, em Córdoba. Todos os 57.000 ingressos estão vendidos desde a segunda-feira (8).
Mergulhada na rotina argentina, a coluna contextualiza agora cinco histórias para os jogadores e torcedores do Flamengo ficarem de olho:
Fantástica fábrica 'velezana'
Apesar de não ser um time grande na Argentina (tema para outro dia), o Vélez Sarsfield tem uma das mais respeitadas divisões de base do país. E a atual safra é excelente, muito provavelmente melhor que qualquer uma dos cinco clubes grandes.
Os pontos altos têm todos 19 anos. São eles o volante Máximo Perrone, o zagueiro Valentín Gómez e o atacante Julián Fernandéz, autor do terceiro gol no agônico 3 a 2 da semana passada.
Valoyes, o terrível
O grande destaque individual do Talleres nasceu na Colômbia: trata-se de Diego Valoyes, meia-atacante de 25 anos que é primor de controle e velocidade. Lenda do River Plate, o técnico Marcelo Gallardo é um confesso admirador seu.
Valoyes sempre está em alta nos mercados da bola, e é realmente um mistério que ele siga no Talleres. O clube aposta numa ótima campanha nesta Libertadores para vendê-lo com cifras de craque. É merecido. Seu nível é de jogador titular da seleção colombiana por muitos anos. A estreia na equipe nacional ele já fez.
Que Cacique é este?
O técnico uruguaio, que foi dispensado do Inter depois de apenas quatro meses, está conduzindo um trabalho de muito respeito no Vélez. E o seu grande desempenho anterior havia sido exatamente no Talleres que enfrenta hoje. O duelo em si tem a assinatura da sua competência.
Este Vélez é uma mescla de atletas jovens e experientes. Medalhões como Lucas Pratto e Diego Godín encontram o suor de uma garotada que está realmente brilhando. E há ainda o esforçado atacante Lucas Janson, o "São Janson", grande ídolo deste Vélez. A torcida leva até um "santinho" seu no bolso, esperando por mais gols e milagres.
Toque de Caixinha
Totalmente desconhecido na Argentina, o técnico português Pedro Caixinha armou um Talleres forte e vibrante, que ataca bem e é agressivo no meio-campo. Mas, verdade seja dita, ainda sofre de certa instabilidade na defesa.
O esquema 4-4-1-1 é básico e sem grandes enfeites, apostando no ataque, com Valoyes e o centroavante Federico Girotti, ex-River. Caixinha está ganhando a fama de ser ótimo na leitura de jogo. Os dois gols marcados na ida foram depois de substituições suas, com os reservas Michael Santos e Rodrigo Garro entrando em campo e balançando as redes.
Alçapão ou Marião?
Mantendo a vantagem e se classificando às semifinais, o Vélez certamente será punido depois da covarde agressão aos familiares de jogadores e diretores do Talleres na semana passada. Duas hipóteses bastante estudadas para o confronto contra o Fla seriam fechar os portões ou o setor onde houve a lamentável briga, chamada de "massacre" pelos jornais e portais argentinos.
Fica a dúvida: levando em consideração apenas o ambiente, melhor encarar o Vélez, punido e preocupado em ter mais problemas? Ou o Talleres, em estádio bem maior?
A coluna responde: com certeza o Talleres. O estádio Mario Kempes, por grandioso que seja com os seus 57.000 lugares (daí o trocadilho "Marião"), certamente ofereceria uma atmosfera menos bélica (o Vélez joga com capacidade para 49.540 torcedores). A torcida de Córdoba não é historicamente agressiva como a de Buenos Aires.
E, vale lembrar, o Talleres encarou o Fla na primeira fase em grande clima de camaradagem, incluindo até uma faxina coletiva no vestiário do Maracanã. Os placares foram 3 a 1 para o Rubro-Negro no Rio e 2 a 2 em Córdoba.
Prováveis escalações
TALLERES: Guido Herrera; Gastón Benavídez, Matías Catalán, Rafael Pérez e Enzo Díaz; Rodrigo Villagra, Alan Franco, Diego Valoyes e Rodrigo Garro; Matías Godoy; Federico Girotti (Michael Santos). TÉCNICO: Pedro Caixinha.
VÉLEZ SARSFIELD: Lucas Hoyos; Leonardo Jara, Matías de Los Santos, Valentín Gómez e Francisco Ortega; Nicolás Garayalde, Máximo Perrone; Luca Orellano, Lucas Pratto e Lucas Janson; Walter Bou. TÉCNICO: Alexander "Cacique" Medina.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.