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Tales Torraga

REPORTAGEM

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Muita raça e pontapé: como foi o último jogo do Vélez antes de pegar o Fla

Franco Díaz, do Vélez, conduz a bola contra o Independiente - Divulgação Vélez
Franco Díaz, do Vélez, conduz a bola contra o Independiente Imagem: Divulgação Vélez

Colunista do UOL

29/08/2022 04h00

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Alívio para o Vélez Sarsfield. Jogando com muita garra, os reservas que foram a campo ontem (28), pelo Campeonato Argentino, alcançaram um brigado empate por 1 a 1 com o Independiente, fora de casa. A partida valeu pela 16ª rodada da liga local.

Com o pontinho, o Vélez escapou da lanterna. É agora o antepenúltimo do campeonato, o 26º entre os 28 participantes. Não há risco de rebaixamento, pois a queda na Argentina computa a média das temporadas anteriores, quando a equipe foi bem melhor.

Missão cumprida na Argentina, o Vélez agora volta as atenções para a abertura da semifinal da Libertadores com o Flamengo. O jogo de ida será em Buenos Aires, no estádio José Amalfitani, às 21h30 (de Brasília) desta quarta-feira (31).

A partida de volta está marcada para a quarta-feira da semana que vem (7 de setembro), no Maracanã, no mesmo horário.

rojo - Divulgação Independiente - Divulgação Independiente
Independiente e Vélez ficaram no 1 a 1 em Avellaneda pelo Campeonato Argentino
Imagem: Divulgação Independiente

Lutou e alcançou

O técnico Alexander "Cacique" Medina colocou em campo nada menos que dez jogadores reservas. O único titular a sair jogando foi o goleiro Hoyos. A expectativa era de que o suplente, Burián, ocupasse o arco neste domingo.

Mal demais na tabela (agora é só o 24º), o Independiente abriu o placar sem fazer muito por merecer. O gol do "Rei de Copas" saiu logo aos 12 minutos da primeira etapa, de Alan Soñora, camisa 10, que finalizou belo cruzamento rasteiro da esquerda.

Se o primeiro tempo foi equilibrado, a segunda metade foi toda do Vélez, que demonstrou raça e vontade de reverter o resultado mesmo na casa do adversário (e com a decisão ante o Flamengo logo mais).

O time buscou o gol e terminou com mais finalizações (10 a 9) e posse de bola (66% a 34%). E não teve a menor vergonha de simplesmente meter o pé na tentativa dos desarmes, terminando com mais faltas (10 a 8) e cartões amarelos (2 a 1) que o Independiente.

Os dois zagueiros centrais que terminaram "amarelados", Brizuela e Damián Fernández, poderiam até ser expulsos, mas o árbitro Andrés Merlo teve parcimônia.

Medina colocou em campo quatro titulares do Vélez na segunda metade. Foram eles o volante Garayalde e os atacantes Janson, Bou e Pratto.

O time então voltou a exibir as armas que o colocaram entre os quatro melhores da Libertadores: uma eficiente ligação direta e rápida troca de passes no quarto final do campo.

Foi o velho "Urso" que fez o gol de empate aos 47 do segundo tempo, trazendo alívio para Medina. Mais bem vestido técnico da Argentina, ele comemorou de maneira atípica e aliviada assim que o experiente camisa 12 cabeceou para as redes depois de erro na saída de bola do goleiro rival (era Sosa, arqueiro do Boca que perdeu a Libertadores de 2012 para o Corinthians).

"Buscamos a vitória o jogo inteiro", analisou "Cacique" Medina. "O empate tão no final certamente nos dará outro ânimo para o jogo contra o Flamengo", tomou fôlego, antes de arrematar, convicto: "Será um jogo histórico. Estamos conscientes e preparados".