5 motivos para ficar de olho na decisão do Campeonato Argentino hoje

O Campeonato Argentino termina hoje (23) com a disputa da 27ª rodada e com a promessa de uma definição das mais emocionantes. Boca Juniors (51 pontos) e Racing (50) têm chances de título e entram em campo em clássicos repletos de intrigas e, verdade seja dita, também de suspeitas declaradas por parte dos postulantes à conquista.

O gigante xeneize vai superlotar a Bombonera para receber o Independiente às 17h, enquanto o Racing também terá comoção máxima para enfrentar o River Plate no mesmo horário. ESPN 3 e Star + mostram ao vivo para o Brasil.

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Mergulhada na rotina argentina, a coluna traz agora os pontos altos desta definição.

Gago, o cara

Técnico do Racing, Fernando Gago é merecidamente considerado o treinador do ano na Argentina. Praticando um futebol agressivo e acelerado, ele tem a chance de conquistar o primeiro título da carreira —e justo contra o Boca que o viu nascer como jogador. Nunca é demais lembrar: Gago tem apenas 36 anos e já vai cavando espaço tanto no mercado brasileiro quanto europeu.

Ibarra, o discreto

O treinador do Boca é um interino que ainda não sabe se será efetivado para 2023. Lateral-direito histórico do time armado por Carlos Bianchi, ele recebe fortes críticas por alterações equivocadas e por esquemas indecifráveis. A conquista serviria para tapar as queixas e provar que Ibarra, sim, está à altura do comando do clube mais popular da Argentina.

Langoni, o 'pibe'

O atacante de apenas 19 anos é a grande revelação do Boca nesta temporada. Fez 7 gols (artilheiro do time no campeonato) e está salvando a campanha na ausência dos rodados Villa e Benedetto, sempre às voltas com contusões e confusões. Seu primeiro nome é Luca. Seu apelido é gol. Um raro oportunismo para a sua idade.

Copetti, o explosivo

O atacante "maluco beleza" do Racing é grande candidato a craque do campeonato. Briguento, daqueles de acertar os zagueiros e até os companheiros, corre o jogo todo e deixa a vida em campo. Não é um primor de técnica, mas também não compromete. A torcida vive um caso de amor com ele.

Rivalidade: o que vai acontecer?

A dúvida invadiu a madrugada na Argentina: o River vai facilitar para o Racing para prejudicar o Boca? E o Independiente? Fará o mesmo com o Boca para tirar o título do arquirrival de Avellaneda?

Muitas suspeitas de marmeladas pairam sobre as partidas. Há até um termo para isso na Argentina: o "futebol caranguejo", com o time "jogando para trás" e facilitando para o adversário.

Dos dois cenários, o que deve definir é o Independiente, histórico rival também do Boca para ver quem é o "Rei de Copas" argentino pela proximidade de títulos da Libertadores (sete para o Independiente e seis para o Boca). Ter o gostinho de bater o histórico adversário local? Ou simplesmente tirar o título do arquirrival Racing? Eis o dilema.

O River, por sua vez, tem como motivação o ponto final da passagem de Marcelo Gallardo como técnico. Faz todo o sentido se despedir do seu maior treinador com a vitória —mesmo se ela, que ironia..., representar um novo título ao Boca.

Escalações

RACING: Gabriel Arias; Iván Pillud, Leonardo Sigali, Gonzalo Piovi e Eugenio Mena; Leonel Miranda, Aníbal Moreno e Carlos Alcaraz (Jonathan Gómez ou Nicolás Oroz); Matías Rojas, Enzo Copetti e Johan Carbonero. TÉCNICO: Fernando Gago.

RIVER PLATE: Franco Armani; Andrés Herrera, Leandro González Pirez, Paulo Díaz e Milton Casco; Enzo Pérez, Agustín Palavecino; De la Cruz (José Paradela) e Esequiel Barco; Pablo Solari e Miguel Ángel Borja. TÉCNICO: Marcelo Gallardo.

BOCA JUNIORS: Agustín Rossi; Luis Advíncula, Nicolás Figal, Carlos Zambrano e Frank Fabra; Pol Fernández, Alan Varela e Óscar Romero; Cristian Medina (Sebastián Villa), Luis Vázquez e Luca Langoni. TÉCNICO: Hugo Ibarra.

INDEPENDIENTE: Milton Álvarez; Alex Vigo, Sergio Barreto, Joaquín Laso, Edgar Elizalde e Lucas Rodríguez (Juan Cazares); Damián Batallini, Lucas Romero, Iván Marcone e Leandro Fernández; Leandro Benegas. TÉCNICO: Julio César Falcioni.