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Como Buenos Aires vive a primeira Copa sem Maradona
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Começa amanhã. Não, na verdade, já começou no fim de semana. Hoje é feriadão em Buenos Aires, e essa capital tão, mas tão apaixonada por futebol e por qualquer outra coisa, está em paz na melancolia com respeito ao seu eterno capitão, Diego Armando Maradona.
Está é a primeira Copa do Mundo desde sua morte, em 25 de novembro de 2020. Nesta semana, mais precisamente nesta sexta, vai fazer dois anos. A sensação é de que faz só dois minutos.
As referências a Maradona tanto na TV, quanto na internet, na rádio e nas rodas de conversa são amenas. Já deu. Falar dos seus problemas com drogas, com a família, com o seu horroroso final não tem mais a ver.
O que fica, agora, são mesmo as boas lembranças, a sua Copa mágica em 1986, o seu heroísmo em 1990, a loucura que foi o seu doping em 1994.
Nas ruas e nas redes, não há um clima de "ganhem por Maradona". Não. Ganhem por si só. Essa seleção argentina caiu no gosto do povo, algo que não acontecia desde 2002, com aquele timaço do "Loco" Bielsa que voou tão alto que errou a aterrissagem.
Aquele time fez tudo. Menos ganhar a Copa.
Copa que está ao alcance de Messi e companhia, agora, e essa companhia não inclui, necessariamente, Maradona.
Sua imagem está muito viva na bandeira que os fanáticos mostram no Qatar. Ou no emocionante vídeo produzido pela AFA, "Juntos al Qatar", com uma linda parodia de um clássico do rock argentino, "Juntos a la par". Dá uma sensação muito louca cantar esta música visitando um dos inúmeros murais pintados em homenagem a Diego nesta cidade.
Um é mais lindo que o outro, e viraram museus a céu aberto. Há velas, há flores, há faixas e há uma certeza: Maradona foi gigante. Mas os mais jovens preferem Messi. Os mais velhos sequer entram nesta discussão, só aproveitam. Os dois são argentinos. E esse orgulho só mesmo nós podemos ter.
Como dizem por aqui: vão reclamar na igreja. Maradoniana, que seja.
* Com Daniel Saavedraa e Mario Porlatti, de Buenos Aires
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