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Por que De Paul é chamado de 'o novo Caniggia' na Argentina?
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Parceiro ideal, sócio perfeito, carne e unha, mate e bomba.
Diego Armando Maradona e Claudio Paul Caniggia? Não. Na Argentina de hoje, tal descrição vale perfeitamente para os inseparáveis Lionel Andrés Messi e Rodrigo Javier de Paul, como cansam de repetir os fanáticos que brotam em cada esquina deste eufórico 2022 argentino.
A fixação de um pelo outro é tão grande que uma cena se tornou habitual nos jogos da Argentina: é De Paul quem cerca Messi depois das partidas e o protege do assédio cada vez mais comum tanto de adversários quanto do público que invade o campo só para estar perto do astro que disputa sua quinta e última Copa do Mundo da carreira.
A irreverência de De Paul conquistou o torcedor argentino, e antes dele só há mesmo um exemplo para compará-lo: Caniggia. Que joga em uma posição diferente, é bem verdade.
O "Filho do Vento" era um velocíssimo atacante, talvez o mais rápido da história do país, como está registrado no lance que o consagrou como carrasco do Brasil na Copa de 1990, surpreendendo a defesa e deixando Taffarel no chão.
De Paul tem outro estilo, mas não menos importante. Ele é o típico "coração de leão", aquele volante alucinado que "devora o campo", como mostrou ano passado no Maracanã em uma atuação que já está na história do futebol argentino.
De Paul, como Caniggia, tem seus passos foram de campo acompanhados com atenção por homens e mulheres, que comentam desde o seu privilegiado físico até as suas ruidosas namoradas. Se Caniggia trouxe para o imaginário argentino a figura da vedete Mariana Nannis, hoje a "queridinha" do público é a cantora Tini Stoessel, que De Paul carrega até mesmo na chuteira que vai usar para armar o jogo e marcar a canela dos adversários.
Tanto Caniggia quanto De Paul não fogem de uma briga.
Caniggia, com Marcelo Bielsa, se despediu das Copas sendo expulso no banco de reservas, em 2002, no empate contra a Suécia e na eliminação daquela Copa.
De Paul, quem acompanha a seleção sabe bem, adora um conflito e faz questão de mostrar ao adversário que está disposto a levar qualquer disputa às últimas conseqüências. Nisso, não deixa a desejar a Diego Simeone, seu atual técnico no Atlético de Madri, de imenso repertório de artimanhas das mais discutíveis ao longo da carreira.
Por fim, é inegável também que tanto De Paul quanto Caniggia são o que os argentinos acostumaram a chamar de "jogadores de seleção".
A carreira de ambos em clubes foi competente, tudo bem, mas vestindo azul e branco que ambos realmente ganharam destaques de estrela mundiais.
Caniggia jogou bem no futebol italiano e no Boca e no River. De Paul arrancou sua carreira no Racing, decolou na Udinese e hoje ainda busca seu espaço no Atlético de Madri.
Espaço este que, na seleção, é cativo não só na atualidade —mas também na história.
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