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Tales Torraga

REPORTAGEM

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Argentina começa Copa perdendo pela 1ª vez desde 1990; como foi há 32 anos

Maradona em ação no jogo entre Argentina e Camarões na Copa do Mundo de 1990 - RENARD eric/Corbis via Getty Images
Maradona em ação no jogo entre Argentina e Camarões na Copa do Mundo de 1990 Imagem: RENARD eric/Corbis via Getty Images

Colunista do UOL

22/11/2022 10h33

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Há 32 anos, na Copa do Mundo de 1990, na Itália, Diego Armando Maradona estava combalido e haviam poucos bons valores para ajudá-lo em campo.

A Argentina se via sem muitas alternativas para conseguir realizar um bom papel em 1990. A partida de estreia foi contra Camarões, justamente a abertura da Copa. Assim como em 1982, quando a azul e branca inaugurou o torneio e iniciou sua defesa de título sendo derrotada (1 a 0 para a Bélgica), o começo da caminhada nos gramados italianos foi o pior possível.

Por mais que Maradona e companhia estivessem bem distantes da forma ideal, ninguém imaginava que a seleção camaronesa fosse capaz de surpreender a Argentina. Um abismo separava as seleções africanas das equipes mais tradicionais.

Mas a zebra apareceu no San Siro, em Milão. Camarões venceu por 1 a 0, gol de cabeça de François Omam-Biyik e frangaço de Pumpido. Além da falha do goleiro, ficou na memória dos argentinos a violência a que os africanos recorreram para deter Maradona e seu novo parceiro, Claudio Paul Caniggia.

O camisa 10 foi atingido por uma voadora no ombro. Num contragolpe perigosíssimo puxado por Caniggia, o atacante esquivou-se de duas entradas desumanas até ser finalmente parado pelo camaronês Massing - que até perdeu a chuteira no lance, tamanha a violência da sua patada. Camarões terminou com nove em campo. E nem assim a Argentina conseguiu empatar.

O resultado colocava uma pressão terrível sobre Maradona na segunda partida do Mundial. A Argentina enfrentaria a forte União Soviética, que vinha do ouro olímpico em Seul, em 1988, e do vice na Eurocopa daquele mesmo ano, perdendo só para a Holanda de Gullit, Rijkaard e Van Basten.

Contando com nomes como o lateral Bessonov e o atacante Dobrovolskyi, os soviéticos já haviam superado o Brasil de Taffarel, Bebeto e Romário na Olimpíada e tinham condições de fazer o mesmo com a Argentina de Maradona no Mundial.

Deu Argentina, que só parou na decisão, contra a Alemanha, inclusive deixando pelo caminho o Brasil pelas oitavas. Mas esta é outra história..