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Segunda 'Mão de Deus' salvou Argentina na última queda precoce em Copas
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A Argentina segue juntando os cacos depois da derrota de ontem (22) contra a Arábia Saudita, naquele que vem sendo tratada no país como "o maior papelão da história da seleção em Copas".
Sempre tão detalhistas com seu passado, os argentinos recorrem a dois exemplos para não perder as esperanças com Lionel Messi e companhia.
O primeiro exemplo vem da Espanha, em 2010. A "Fúria" perdeu na estreia para a Suíça, mas se recuperou ao bater Honduras e Chile, enfileirando, desde as oitavas de final, Portugal, Paraguai, Alemanha e Holanda até erguer a Copa.
O segundo antecedente vem da própria Argentina, em 1990. E o gol de mão contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986 não é o único lance "manualmente divino" comemorado pelos argentinos.
Na Copa seguinte, disputada na Itália, Maradona e a Argentina enfrentaram a forte União Soviética, que vinha do ouro olímpico em Seul, em 1988.
Era jogo de vida ou morte em plena segunda rodada da fase de grupos (argentinos e soviéticos perderam na estreia, com os sul-americanos amargando um revés ante Camarões).
Aquele Argentina x União Soviética foi no Estádio San Paolo, em Nápoles, onde a Argentina se sentia em casa graças à paixão do público local por Maradona. E ele soube usar seu magnetismo como ninguém. Catimbou, atraiu faltas, controlou o ritmo e colocou pressão sobre o árbitro sueco Erik Fredriksson.
Logo aos 11 minutos, com os argentinos passando sufoco, o goleiro Pumpido se chocou com o volante Olarticoechea e quebrou a perna. Em seu lugar entrou Goycochea. Enquanto ele ainda se acomodava sob as traves, a União Soviética tinha um escanteio a seu favor. Um dos oponentes cabeceou e Goycochea não alcançou. Mas Maradona, em cima da linha, como um verdadeiro goleiro, esticou a mão direita para impedir o gol soviético.
Caso tivesse sido flagrado (hoje com o VAR certamente), Maradona teria levado o cartão vermelho, deixando a Argentina com dez e desfalcando o time na partida seguinte, contra a Romênia. Seria muito provavelmente um caminho sem volta para a azul e branca naquela Copa.
Com Maradona impune, deu Argentina ante os soviéticos, 2 a 0, gols de Troglio e Burruchaga, valendo a vaga nas oitavas de final para vencer o Brasil por 1 a 0 em outra genialidade histórica de Diego. Foi neste clássico que ocorreu a infame "água batizada" dada pelos argentinos ao lateral brasileiro Branco.
Em 1990, a Argentina deixou pelo caminho também a Iugoslávia, nas quartas de final, e a Itália, na semi. Na decisão, deu Alemanha, que conquistou então o seu tri.
E agora no Qatar, como vai ser? O próximo capítulo da saga argentina será no sábado (26), contra o México, às 16h (de Brasília).
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