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Por que o provável desfalque do volante De Paul complica muito a Argentina
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O volante Rodrigo de Paul é o grande dilema da seleção argentina na véspera do jogo contra a Holanda, amanhã (9), às 16h, pelas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar.
Há versões conflitantes sobre o seu estado físico.
A AFA (Associação Argentina de Futebol) informa que ele sente um desconforto muscular na panturrilha direita, e o jogador postou ontem uma mensagem em seu Instagram dizendo que "tudo estava bem".
O portal argentino "Infobae" e a ESPN, porém, informaram ontem que na verdade ele teve um estiramento e está fora da Copa do Mundo.
A coluna apurou na manhã desta quinta que a comissão técnica vai definir sua entrada ou não na partida de amanhã apenas instantes antes da partida —mas sua presença, se ocorrer de fato, será com o jogador de 28 anos em limitadas condições físicas, algo que não condiz com sua função em campo, que é ser o "motor" da equipe.
De Paul até aqui foi o jogador que mais correu pela Argentina, sendo também o líder de passes efetuados.
Por que complica?
As mesas-redondas argentinas falam demais do "dilema De Paul", que poderia ser substituído por Leandro Paredes ou Exequiel Palacios.
"De Paul levanta o time. Quando ele está bem, a equipe se mexe de outra maneira, e não há quem faça isso por ele", analisou o ex-zagueiro Óscar Ruggeri, importante comentarista da ESPN, sobre a dificuldade que seria para algum reserva desempenhar sua função.
Na Rádio La Red, a mais ouvida do esporte em Buenos Aires, Marcelo Palacios foi além: "Depois de Messi, é a baixa mais sentida para o time. O elenco tem jogadores bons de verdade, mas que só agora vão poder demonstrar se realmente estão à altura do desafio".
Na Rádio Mitre, outra potência entre os portenhos, o locutor Gabriel Anello se definiu como um "De Paulista": "O valor emocional e físico que ele dá ao time é enorme. E não é só correria. A bola passa muito tempo com ele".
Na TV Pública, o ex-goleiro Sergio Goycochea analisou o que será da Argentina com De Paul "a meia máquina", como dizem no país para quem está limitado por alguma razão:
"É complicado demais, você não vai para o campo pensando no que seu adversário vai fazer, e sim se o seu corpo vai aguentar. Você jamais está livre em campo", ponderou.
Por fim, Sebastián Vignolo, um dos principais narradores do país, resumiu na Rádio DSports:
"Não podemos esquecer que é De Paul que faz todo o 'trabalho sujo' para Messi, poupando o camisa 10 de correr mais que o necessário. Seu vai e vem é essencial. Sem ele, é até difícil imaginar o que será da equipe em um jogo tão importante".
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