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Argentinos deliram com semifinal: 'Ganhamos com raça que Brasil não teve'
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Buenos Aires está nas ruas. Conhecida pela paixão com a qual vive, a capital portenha explode de alegria com a maior comemoração gerada pelo futebol desde a campanha que culminou com o vice-campeonato na Copa do Mundo de 2014, disputada no Brasil e interrompida apenas na decisão contra a Alemanha.
A tarde teve calor infernal e 37 graus, e as reuniões de torcedores especialmente na zona norte da capital tiveram confusão pelo consumo elevado de cerveja.
Na rádio, ouvida pelos portenhos como nunca, o tom de euforia não deixou nada a desejar ao que se escuta do torcedor mais fanático nas ruas.
"Ganhamos com a raça que faltou ao Brasil! Se meu coração parar agora, morro feliz", exagerou o locutor Leonardo Gentili, na Rádio La Red, a líder de audiência no esporte em Buenos Aires, ao final da cobrança de pênaltis.
Na Rádio D Sports, a loucura foi igual: "Isto é um sonho! Não quero acordar! Entre os quatro melhores! Com Messi, o melhor de todos os tempos, se despedindo da Copa com a chance de erguê-la. Não é para menos. Festeja um país, festeja um portuário. Esta Argentina, se você não põe na lona, dá volta em todas as situações", exclamou o narrador Sebastián Vignolo, um dos mais populares do país.
Desforra
A TV TyC Sports não se furtou em fazer comparações com a queda do Brasil horas antes: "Eles dançaram, a gente corre. Agora eles correm para o aeroporto e a gente para o abraço", destacou o comentarista Lucas Beltramo, famoso pelas opiniões contundentes especialmente em favor do Boca Juniors.
Na TV Pública, o ex-goleiro Sergio Goycochea, que sofreu com as provocações dos torcedores brasileiros em uma participação ao vivo, não perdeu a chance de tripudiar.
"Hoje eu queria ver a cara daqueles que me provocaram. O futebol é assim, sempre nos dá revanche. E por falar em revanche, quero agora a desforra contra os croatas", concluiu, lembrando que, em 2018, a Argentina perdeu por 3 a 0 para os europeus na fase de grupos, quase ficando fora logo de cara.
O final de jogo foi dramático, "como diz o tango, é preciso saber sofrer", pontuou o locutor Leonardo Gentili, que explodiu no apito final até chorando.
Sim, chorando.
Para quem conhece a maneira como os argentinos vem o futebol, mais um dia no escritório (e no microfone), e a cidade que não dorme, assim como São Paulo, por exemplo, vai viver uma eterna vigília até a próxima terça-feira, data da semifinal com a Croácia.
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