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Argentina reza por uma final histórica entre 'Messidona' e 'Mbappelé'
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Ninguém em Buenos Aires esperava pela avalanche azul e branca que atropelou a Croácia e transformou a tarde e noite de ontem (13) em um pedaço da história do futebol argentino, sempre tão apaixonado e intenso.
E, a partir de hoje, quando a atenção vai se dividir entre a loucura da comemoração e o olhar blasé para Marrocos x França, às 16h, a euforia vai dar lugar aos pedidos de interferência divina pela vitória dos europeus, adversários que valorizariam ainda mais uma eventual conquista argentina.
Explica-se: há um racha entre os torcedores (como costuma acontecer com absolutamente tudo na Argentina, a tão sufocante e famosa "grieta").
A postura dos dois grupos é clara. O primeiro, põe no céu esta campanha, celebrando a estupenda atuação de Lionel Messi, cada vez mais chamado entre os fanáticos de "Diego Armando Messi" ou "Messidona" pela semelhança técnica e rebelde com o maior astro do futebol argentino até o seu surgimento.
A segunda turma não se furta de celebrar a campanha argentina, mas deixa evidente o "asterisco" de não ter enfrentado nenhum campeão mundial até aqui.
No Qatar, a "Scaloneta", como é chamada a seleção argentina, encarou Arábia Saudita, México, Polônia, Austrália, Holanda e Croácia.
Falta a França, e se é para encarar a campeã, que seja a atual, comandada por alguém que é rotineiramente comparado a Pelé, Kylian Mbappé, o "Mbappelé" como costumam repetir os portenhos.
A atual vice-campeã, a Croácia que impôs um doloroso 3 a 0 à Argentina na Copa do Mundo da Rússia, já ficou pelo caminho. Falta agora a França, algoz em 2018, ainda nas oitavas.
Alguém consegue imaginar a histeria coletiva com uma final entre "Messidona" e "Mbappelé"?
Histérico, calmo ou neutro, não tem como não concordar que seria realmente histórico.
E realmente cruel para um personagem em especial: Neymar, "off" enquanto seus colegas de PSG, "on fire", fariam uma das maiores finais do futebol em todos os tempos.
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