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Desafetos? Maradona escolheu jogar com a camisa 10 porque amava Pelé
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O mundo perdeu Pelé. O ex-jogador morreu ontem (29) aos 82 anos, após um período de internação no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Edson Arantes do Nascimento não resistiu a complicações de um câncer no cólon e morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Ele deixa seis filhos.
Seu legado é imenso também na Argentina, em que pese a histórica rivalidade com o Brasil.
Amor de Maradona
Técnico campeão mundial com a azul e branca em 1978, César Luis Menotti deu, em 2018, uma surpreendente declaração sobre como Diego Armando Maradona passou a usar a camisa 10 em sua seleção.
Menotti foi o primeiro treinador de Maradona na equipe nacional, comandando o astro entre 1977 e 1982, dos 16 aos 21 anos.
''Diego me falava sempre que queria usar a camisa 10. E ele a queria tanto pelo seu amor por Pelé. A camisa mais famosa do mundo era a 10 de Pelé. Até que Diego pediu a Kempes, que vestia a 10, e Mario aceitou sem nenhum problema'', afirmou Menotti à Rádio Güemes, do seu país.
Quem ouve tal história custa a entender que Maradona e Pelé, famosos pela eterna troca de farpas, mantinham uma relação das mais cordiais.
Como o blog "Patadas y Gambetas", do UOL, narrou em mais de uma vez, Pelé era um dos ídolos de juventude de Maradona, que chegou até mesmo a tietá-lo no Rio em 1979, quando tinha apenas 18 anos.
A outra grande referência de talento para Diego era Ricardo Bochini, craque do Independiente, clube pelo qual torcia na infância.
Não dá para esquecer também a idolatria de Maradona por outro brasileiro: Roberto Rivellino.
Maradona e Pelé só passaram a se cutucar no começo dos anos 1990, quando o gênio argentino, às voltas com a dependência química, passou a ter a conduta criticada por muitos ex-jogadores — Pelé, inclusive.
A rivalidade entre Pelé e Maradona foi abordada ontem - a completa matéria vale a pena ser lida aqui.
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