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Vai dar para ganhar dos brasileiros? Conheça as quatro caras novas do River
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O "novo" River Plate para a temporada 2023 já acertou quatro contratações. "Novo" porque é a primeira temporada desde 2014 que o gigante portenho contará com outro técnico que não o lendário Marcelo Gallardo.
O treinador da vez é o ex-zagueiro do clube Martín Demichelis, o "Micho", como chamam os argentinos. Aos 42 anos, ele estava no time B do Bayern-ALE e foi contratado pelo diretor de futebol Enzo Francescoli, o mesmo que apostou e ganhou muito com Gallardo há nove anos.
Para encarar os times brasileiros e brigar pela Libertadores que não vence desde 2018, o River acertou quatro contratações, uma para cada setor do campo.
Na defesa, chegou Enzo Díaz. Ex-Talleres, lateral-esquerdo, atua também como zagueiro, lateral-direito e volante, e fechou por três temporadas. Acaba de completar 27 anos e preza pela versatilidade e por bons chutes de média distância.
O volante Matías Kranevitter é antigo conhecido. Está com 29 anos e volta ao clube depois de sete temporadas no exterior. Atuou no Atlético de Madri-ESP, Sevilla-ESP, Zenit-RUS e Monterrey-MEX. Vai esperar no mínimo quatro meses para jogar, pois fraturou o tornozelo depois de levar um pontapé no amistoso contra o Unión Calera, do Chile, no mês passado.
O meia Nacho Fernández retornou para usar a camisa 10. Aos 33 anos, o ex-Atlético-MG está com a magia intacta, pelo que demonstra nos treinamentos e amistosos. Será o "cérebro" do time —é justamente "cérebro" o seu apelido do momento na Argentina.
O atacante venezuelano Salomón Rondón fechou seu contrato ontem (12). Também é experiente: está com 33 anos e jogava no Everton-ING. Foi indicado pelo próprio Demichelis, seu companheiro no Málaga-ESP na já distante temporada 2012. Faz o estilo "gladiador" e é muito admirado pelo profissionalismo e cuidado físico.
Vai dar para encarar os brasileiros?
A resposta curta e seca é: "não".
O River de Demichelis padece daquilo que compromete qualquer time argentino: a debilidade financeira que obriga a buscar reforços pontuais, que não seriam a primeira escolha com cofres mais recheados.
O time, porém, conta com a sua famosa divisão de base, justamente considerada como uma das melhores do planeta, vide a Copa do Mundo e as campeãs aparições de Enzo Fernández e Julián Álvarez.
Pelo que vem demonstrado até aqui, o time-base deste River 2023 manteria o sólido Franco Armani no gol.
Herrera, pela direita, e Casco, pela esquerda, seguiriam nas laterais, com Rojas e Martínez tentando melhorar a defesa depois do fraco 2022.
O meio-campo seria um tanto quanto estático com o volante Enzo Pérez (37 anos em fevereiro) e os armadores Nacho Fernández e De La Cruz (e Aliendro como primeiro reserva).
No ataque, Solari e Borja (ou o jovem Beltrán e agora Rondón).
Até aqui, a leitura geral portenha é de um River capaz de ser campeão argentino e melhor representante do país na Libertadores, mas sem cacife para incomodar Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG.
São seis os representantes do país vizinho na principal competição de clubes da América do Sul em 2023. Além do River, estão garantidos na fase de grupos: Boca Juniors, Racing, Argentinos Juniors e Patronato.
O Huracán, tido por muitos como o "sexto grande" da Argentina, vai jogar a pré-Libertadores.
Quem quiser ver com atenção o River 2023 terá ótima oportunidade na próxima terça-feira (17). O gigante portenho vai encarar o Vasco em amistoso em Orlando (EUA) às 21h30 (de Brasília), ao vivo no Star +.
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