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Tales Torraga

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

River x Boca de hoje promete ser o mais quente dos últimos anos

Paulo Díaz, do River, e Luis Advincula, do Boca, disputa bola no "superclássico" - CARP Twitter
Paulo Díaz, do River, e Luis Advincula, do Boca, disputa bola no "superclássico" Imagem: CARP Twitter

Colunista do UOL

07/05/2023 04h00

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O jogo vale pela 15ª rodada do Campeonato Argentino, mas quem acompanha o futebol do país vizinho sabe que na verdade há muito mais que três pontos e 90 minutos em jogo.

River Plate e Boca Juniors se enfrentam hoje (7) pela primeira vez no ano, às 17h30 (de Brasília), no Monumental de Núñez, retomando aquela que é uma das maiores expressões culturais argentinas.

Clássico de peso no futebol mundial (e não há portenho que não diga que é o maior), o River x Boca deste domingo promete ser o mais quente dos últimos anos (para a coluna, desde 2019, com a semifinal da Libertadores).

Mostramos em cinco motivos o que faz do jogo de hoje ser tão aguardado em Buenos Aires:

Maior público do século

Este será o primeiro River x Boca no Monumental de Núñez depois da ampliação. Com público oficial de 83.198 pagantes, o estádio superlotado deve receber hoje por volta de 90.000 pessoas. É habitual na Argentina que tais jogos tenham uma quantidade enorme de "colados" (os "penetras" em bom português).

Os fanáticos do River preparam uma festa toda especial para incentivar a equipe e, claro, mostrar aos rivais que não há torcida mais fanática e entusiasmada em Buenos Aires. Muitas bandeiras, muita fumaça e muitos instrumentos musicais. Imperdível.

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Monumental tem agora setor que lembra as antigas gerais dos estádios brasileiros
Imagem: CARP Twitter

Técnicos estreantes

Este será o primeiro River x Boca depois da "Era Gallardo". Tanto Martín Demichelis, pelo River, quanto Jorge Almirón, pelo Boca, estreiam no clássico como treinadores.

Ambos mostraram que o jogo de hoje será de fato especial em suas carreiras. Almirón já falou de "pernas tremendo", e Demichelis afirmou que saiu da Alemanha para fazer carreira na Argentina justamente por partidas assim.

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Jorge Almirón, técnico do Boca Juniors
Imagem: Divulgação Conmebol

Desforra

Ganhar do Boca será a deixa perfeita para o River enterrar a vergonhosa derrota por 5 a 1 para o Fluminense na Libertadores na última terça-feira.

Para o Boca, por sua vez, bater o River no Monumental automaticamente apaga qualquer questionamento pela desastrosa campanha no atual Campeonato Argentino. O clube xeneize ocupa só a 13ª colocação, nada menos que 16 pontos atrás do River, o cômodo líder.

Barco x Barco

Esequiel Barco, meia-atacante do River, é um dos grandes nomes do atual Campeonato Argentino. Ele está provando, em Núñez, o bom futebol que o levou a ser um dos destaques do Independiente no final da década passada.

Valentin Barco, lateral-esquerdo do Boca, divide o sobrenome e o alto nível do adversário desta tarde. Tem apenas 18 anos e é a maior revelação xeneize dos últimos tempos. Cria da base do Boca, tem nível para ser o titular da seleção argentina na próxima Copa do Mundo, garantem seus colegas de clube.

Batalha pura

Os dois times andam abusando do jogo duro. O River teve dois jogadores expulsos nos dois últimos jogos da Libertadores —e também no último jogo do Campeonato Argentino.

Reconhecido pela maneira excessiva rigorosa em campo, o Boca não tem deixado por menos. Entradas duríssimas no clássico contra o Racing na semana passada geraram muitas críticas dos adversários. Barco e Villa poderiam, de fato, ter machucado feio os colegas de profissão depois de pontapés e cotoveladas desleais.

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Jogadores de Fluminense e River Plate discutem em jogo da Libertadores
Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

TV no Brasil

ESPN 4 e Star + transmitem ao vivo, com narração de Luciana Mariano e comentários de Thiago Simões. "Vai ser a batalha de sempre", resume Thiago à coluna. "O River está na ponta com boa vantagem. O Boca está tentando se recuperar, já são quatro jogos sem derrota entre Libertadores e Campeonato Argentino. Clássico de força total para ambos."

Escalações

RIVER PLATE - Franco Armani; Milton Casco, Leandro González Pirez, Paulo Díaz (Emanuel Mammana) e Enzo Díaz; Rodrigo Aliendro e Enzo Pérez; Nacho Fernández, Nicolás de la Cruz e Esequiel Barco; Lucas Beltrán. Técnico: Martín Demichelis

BOCA JUNIORS - Sergio Romero; Facundo Roncaglia, Nicolás Figal e Nicolás Valentini; Luis Advíncula, Pol Fernández, Alan Varela, Cristian Medina e Valentín Barco; Sebastián Villa e Luis Vázquez. Técnico: Jorge Almirón