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Histórico carrasco dos times brasileiros, Boca Juniors pode cair fora já
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Nenhum time da atual Libertadores da América tem tantos títulos quanto o hexacampeão Boca Juniors.
O gigante xeneize, porém, está longe de honrar sua grandeza, e ontem (24) perdeu um jogo pavoroso na Colômbia para o nanico Deportivo Pereira, estreante em competições internacionais.
O 1 a 0 para o Pereira acabou saindo barato.
Goleiro do Boca, o veterano Sergio "Chiquito" Romero defendeu um pênalti aos 30 minutos do segundo tempo, mas no ataque seguinte os colombianos fizeram o gol depois de falha bizarra da defesa —o lateral Fabra e o zagueiro Valentini quase saíram na mão em pleno gramado por isso.
Contas ingratas
Os argentinos mereciam até perder em casa no mês passado para o mesmo Pereira, que vencia por 1 a 0 até os 44 do segundo tempo, mesmo com um jogador a menos. O Boca buscou a virada e venceu por 2 a 1, aos 54 minutos.
Longe também está a fama de "carrasco" dos brasileiros, conquistando títulos contra Cruzeiro, Palmeiras e Santos, por exemplo.
No ano passado, em plena Bombonera, o Boca foi eliminado da Libertadores ainda nas oitavas por um Corinthians que não chutou ao gol, segurou o 0 a 0 e se garantiu nos pênaltis.
Quem olha a classificação da Libertadores 2023 e enxerga o Boca na liderança do seu grupo pode até estranhar o pessimismo, mas há motivos de sobra para ter cuidado.
Os xeneizes têm 7 pontos, empatados com o Pereira. O terceiro colocado é o Colo-Colo, com 5 pontos, que ficou no 1 a 1 com o Monagas nesta rodada.
O Boca x Colo-Colo do próximo dia 6 passa a ser um mata-mata antes da hora. Em caso de derrota, o Boca ficaria atrás dos chilenos e muito provavelmente do Pereira (que encara o lanterninha Monagas).
Em caso de revés, o jogo final do Boca ante o Monagas teria ares de drama e obrigação de goleada, algo pouco indicado a um time de comprovada fragilidade —é só o décimo no Campeonato Argentino, nada menos que 16 pontos atrás do líder, o rival River Plate.
Eleição conturbada
A fraca Libertadores do Boca tumultua ainda mais o ano político do clube, pegando fogo à espera das eleições presidenciais de dezembro.
Já há um áspero embate entre Juan Román Riquelme, pela situação, e Mauricio Macri, ex-presidente da Argentina e do próprio Boca, agora na oposição.
Macri disse ontem que a permanência de Riquelme no poder tornará o Boca "cada vez menor". Foi a deixa para a gozação geral das outras torcidas, que ironizam que este Boca realmente se comporta como um clube pequeno.
As próximas duas rodadas da Libertadores vão mostrar o futuro xeneize não só na Libertadores, mas no decorrer desta e das próximas temporadas. "Alerta vermelho", como repetem os portenhos —mesmo os que vestem azul e amarelo.
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