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Como River vai ampliar Monumental de Núñez para decisão contra Fluminense
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Além de encarar um forte River Plate desesperado pela vitória, o Fluminense vai encontrar um Monumental de Núñez com quase 90 mil pessoas na próxima quarta-feira (7), pela penúltima rodada da fase de grupos da Libertadores da América.
O gigante portenho anunciou ontem (31) que o seu estádio terá uma capacidade maior a partir deste confronto. Dos 83.198 assentos que faziam do Monumental o maior estádio da América do Sul na atualidade, agora serão exatos 86 mil os torcedores que poderão entrar na "cancha", como os argentinos chamam os seus estádios.
(Sabendo que é muito comum no futebol do país que haja até 10% de penetras nos jogos decisivos, faz muito sentido imaginar que o público verdadeiro no River x Fluminense seja de cerca de 95 pessoas, 86 mil do público oficial + 9 mil dos "colados", como dizem os portenhos.)
Como River conseguiu
A ampliação já estava prevista e vinha sendo trabalhada. E a diretoria do gigante portenho aproveitou o senso de urgência da necessidade de vitória contra o Fluminense para, já pela Libertadores, colocá-la em prática pela primeira vez às 21h30 (de Brasília) da próxima quarta-feira.
O Monumental foi ampliado em fevereiro, com a previsão de um "segundo momento" para deixá-lo com a capacidade que terá a partir de agora.
Sem a tradicional pista de atletismo, que deu lugar às cadeiras para os torcedores, havia um setor para ser aberto aos fanáticos, no espaço conhecido como "Belgrano Inferior", onde ficam as câmeras de TV.
Havia a possibilidade de o "novíssimo" Monumental estrear contra o Defensa y Justicia, neste sábado (3), pela 19ª rodada do Campeonato Argentino, mas detalhes do setor deixaram a inauguração para a partida contra o Fluminense.
Ganhar 'sim ou sim'
Como analisou a coluna na semana passada, o 1 a 1 do River Plate em Lima contra o Sporting Cristal deixou o gigante argentino com a obrigação de vencer as suas duas próximas partidas para seguir na Libertadores.
Prever três pontos certos contra o Fluminense, na próxima rodada, no dia 7 de junho, no Monumental de Núñez, é hoje um exercício de otimismo que ninguém na capital portenha tem condição de fazer.
O compromisso final, contra o The Strongest, também no Monumental, no dia 27, nem chega a ser dos mais ameaçadores. O difícil vai ser chegar lá com vida.
O River segue errando demais na defesa.
O erro grave de Armani, que foi sair jogando e "deu" o gol ao Sporting Cristal, merece ser ressaltado, mas os zagueiros e os laterais de novo atuaram mal.
Imaginar que o sistema defensivo vai encontrar uma solução mágica é ingenuidade. O técnico Martín Demichelis, zagueiro da seleção argentina em duas Copas do Mundo, "rodou" todo o setor, mas jamais encontrou segurança.
Segurança faltou também ao ataque, mesmo com um jogador a mais por quase meia hora.
O primeiro tempo do River no Peru poderia terminar com vitória folgada, mas faltou contundência. Miguel Borja, herói contra o Boca, desta vez foi vilão ao perder o pênalti que daria a vitória.
O River tem diante de si os dois jogos mais tensos da sua história na Libertadores desde 2009 —exatamente a última edição, até a de agora, que o clube disputou sem o técnico Marcelo Gallardo no banco de reservas.
Naquela Libertadores, 14 anos atrás, o River, então treinado por "Pipo" Gorosito, foi eliminado pela última vez na fase de grupos, em uma chave na qual passaram o Nacional, do Uruguai, e o San Martín, do Peru.
O Boca, como também ressaltamos, corre igual risco de queda logo na fase de grupos.
Os dois gigantes argentinos, outrora "reis" da América, hoje precisam descer do salto e jogar o velho futebol aguerrido que também caracteriza o país.
Mas desta vez, apenas para chegar ao mata-mata. Tristes novos tempos argentinos.
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