Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Encara Austrália amanhã: quem é o novo 'par perfeito' de Messi na Argentina
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Campeã mundial e líder do ranking da Fifa, a seleção argentina faz amanhã (15), em Pequim, às 9h (de Brasília), um amistoso contra a Austrália de olho no seu futuro. E ele tem nome e sobrenome: Alejandro Garnacho, de apenas 18 anos.
Considerado por imprensa e torcida como sucessor natural de Ángel Di María, Garnacho nasceu na Espanha, mais precisamente em Madri, e optou por jogar pela Argentina, país da sua mãe. A sua história e o seu "amor à camisa", claro, foram imediatamente comparados aos de ninguém menos que Lionel Messi.
O capitão argentino, que estreou na seleção quando Garnacho tinha apenas meses de vida, também teve a opção de defender a Espanha, mas preferiu vestir azul e branco e escrever uma das mais incríveis histórias de todo o futebol mundial.
'Europibes'
"Não preciso jogar as três partidas [obrigatórias para vincular um jogador a uma seleção sem a possibilidade de troca]. Me sinto argentino, sou torcedor da seleção desde criança e não há nenhuma dúvida da minha parte", contou Garnacho, chamado na Argentina de "europibe", apelidos dos filhos de argentinos nascidos na Europa ou que começaram a carreira por lá.
A ansiedade com Garnacho é rara na história recente da seleção argentina.
Pode-se dizer que desde a geração de Tevez, Messi e Agüero, há cerca de 15 anos, ninguém estreava na equipe nacional despertando tamanho interesse no país.
TV especializada em esportes, a TyC Sports, por exemplo, mostrou na Argentina uma entrevista com Garnacho dizendo que ela era "histórica, para se ver com muita atenção e depois de muito tempo".
Até as rádios de rock de Buenos Aires, que sempre abordam o futebol, falam de Garnacho nesta semana e dedicam a ele músicas de grupos de sucesso na atualidade (três bandas vinculadas ao famoso "europibe" foram Los Pérez Garcia, La Medianera e Los Guasones).
A maioria dos comentaristas argentinos crava que o ataque da seleção nos próximos anos será formado por Messi, Garnacho e Julián Álvarez, um trio de altíssimo respeito, contando ainda com reservas de luxo como Lautaro Martínez e Giovanni Simeone.
Cuidado
O técnico Lionel Scaloni tem procurado incorporar o seu caçula Garnacho com a tranquilidade que lhe caracteriza.
Pediu a ele, na entrevista coletiva desta quarta-feira, que tenha "cabeça fria" e que "demonstre o que sabe, com naturalidade, pois terá chances e não será cobrado, deixando a pressão para os veteranos".
Garnacho até aqui tem demonstrado entrosamento tanto com o técnico quanto com os colegas, fugindo de polêmicas. Na Copa do Mundo e no Mundial Sub-20, seu comportamento nas redes sociais gerou ruído com conteúdos considerados imaturos.
Quem mais ajuda sua ambientação é o zagueiro Lisandro Martínez, que também joga no Manchester United e com quem o jovem atacante divide seu quarto na seleção argentina. "Licha é um segundo pai para mim", costuma repetir Garnacho, em que pese o zagueiro ter somente 25 anos.
Com o melhor
Scaloni vai escalar a Argentina com os seus titulares habituais no amistoso de amanhã.
Depois da Austrália, a azul e branca encara a Indonésia em Jacarta na próxima segunda (às 9h30) com os reservas.
O treinador declarou que não vai arriscar nenhum jogador que não esteja 100% fisicamente, o que deixará, a princípio, o lateral-esquerdo Nicolás Tagliafico e o volante Alexis Mac Allister no banco de reservas, cedendo lugares a Marcos Acuña e Giovani Lo Celso.
O time que entra em campo no Estádio dos Trabalhadores na manhã desta quinta-feira será a "equipe de memória" tão repetida na Argentina.
O goleiro será Dibu Martínez, um verdadeiro ídolo para os chineses; as laterais serão ocupadas por Nahuel Molina (direita) e Acuña (esquerda), com "Cuti" Romero e Nicolás Otamendi escalados no miolo da defesa.
O meio-campo terá Leandro Paredes e Rodrigo De Paul como volantes, repetindo a dupla da Copa América e da Finalíssima contra a Itália; o criador será Lo Celso, ausente da Copa do Mundo por uma lesão.
O ataque terá duas lendas, Messi e Di María, com a companhia de Nicolás González, outro que ficou fora do último Mundial por contusão.
Três entradas já estão certas no decorrer da partida: Giovanni Simeone, Alejandro Garnacho e Julián Álvarez.
Outro ponto de atenção na Argentina nesta quarta é a recente entrevista de Messi, que ontem comentou não acreditar que jogue a Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, país do seu nome clube, o Inter Miami.
Na Argentina, ninguém botou muita fé nas palavras do capitão, a ponto de o jornal "Olé" de hoje publicar em sua capa as razões para não tomar a previsão de Messi de maneira tão literal.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.