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Tales Torraga

OPINIÃO

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Argentina sinaliza domínio e prova que Qatar não foi acidente

Messi chuta para fazer gol da Argentina contra a Austrália - AFA Twitter
Messi chuta para fazer gol da Argentina contra a Austrália Imagem: AFA Twitter

Colunista do UOL

15/06/2023 11h01

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A Argentina jogou sério, muito sério contra a boa Austrália hoje em Pequim. Nem parecia amistoso. A vitória por 2 a 0 comprovou o repertório que fez da seleção azul e branca a líder do ranking da Fifa e a atual campeã do mundo.

Raça, técnica, contundência. Mesmo com o fim da temporada europeia e com os jogadores mais valorizados que nunca, a Argentina logo abriu o marcador, com Lionel Messi, aos 80 segundos de jogo (foi o seu gol mais rápido pela seleção).

Outro exemplo de como a Argentina foi firme: o técnico Lionel Scaloni colocou o time sem centroavante, esperando que Messi, Ángel Di Maria e Nico González se alternassem pelo espaço —e todos eles deram plena conta do recado no primeiro tempo.

Na segunda etapa, com os australianos, mais jovens e menos cansados, perto do empate, veio o gol do zagueiro Germán Pezzella, de cabeça, provando que esta Argentina segue sim contando com um bom nível de Messi, mas sem a "Messidependência" que tanto atrapalhou a equipe em temporadas passadas.

arg - Reprodução TV - Reprodução TV
Argentina comemora gol em amistoso contra a Austrália
Imagem: Reprodução TV

46 jogos, 1 só derrota

Buscar números sempre ajuda. E com a vitória de hoje, a Argentina soma agora 46 jogos perdendo apenas um (na estreia da Copa, contra a Arábia Saudita).

Scaloni, que completou exatos 60 jogos no comando da equipe, tem agora apenas e tão somente 5 derrotas.

Seu "cartel": 41 vitórias, 14 empates e 5 derrotas, com 129 gols marcados e só 34 sofridos.

A condição de desafiante está em aberto: Brasil, França, Inglaterra, até o Uruguai de Marcelo Bielsa. O posto de seleção número 1 do mundo, pelo que vem jogando a Argentina, não. É um time que não para de crescer.

Espera-se agora, na próxima segunda-feira, contra a Indonésia, em Jacarta, os reservas em campo, para conferir se a Argentina tem suplentes à altura dos seus titulares.

Até aqui, a resposta é sim —incluindo a interessante estreia de Alejandro Garnacho nos últimos 25 minutos desta quinta-feira.

"O futuro já chegou", repetem em Buenos Aires. Garnacho na ponta, Julián Álvarez no meio. É uma dupla para se animar.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL