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Tales Torraga

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

'Geração que voa' deixa Messi descansar tranquilo na Argentina

Seleção argentina posa antes de amistoso contra a Indonésia - AFA Twitter
Seleção argentina posa antes de amistoso contra a Indonésia Imagem: AFA Twitter

Colunista do UOL

19/06/2023 11h30

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É feriado hoje (19) na Argentina, e os campeões do mundo encararam a Indonésia com jeitão de fim de semana prolongado.

O jogo (2 a 0 fácil) e o adversário (149º no ranking da Fifa) foram mais uma "reunião de negócios" que uma partida de futebol.

Com os jogadores exaustos do fim da temporada europeia, a Argentina ligou o "modo econômico". Muita posse de bola (quase 75%) e pouca finalização (só 6).

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Facundo Buonanotte, atacante que estreou pela Argentina contra Indonésia
Imagem: AFA Twitter

'Geração que voa'

O amistoso serviu para a Argentina começar a encaixar a sua "novíssima geração".

A "nova safra", de Alexis Mac Allister (24 anos), Julián Álvarez (23) e Enzo Fernández (22), já dá espaço a adolescentes como Alejandro Garnacho (do Manchester United) e Facundo Buonanotte (do Brighton). Ambos com 18, formaram o ataque em parte do segundo tempo de hoje.

Batizados na Argentina de "europibes", os novatos mostraram que a seleção pode dosar os esforços dos seus medalhões com toda a tranquilidade.

Hoje, por exemplo, Lionel Messi, Ángel Di Maria e Nicolás Otamendi sequer ficaram no banco, dispensados para as férias na Argentina.

Sem eles, a aclimatação fica com o goleiro Dibu Martínez e o volante Leandro Paredes, e ambos não pouparam elogios aos recém-chegados: "Temos um timaço", cravou Dibu.

"Os jovens que chegam agora são excelentes. Eles voam. No corpo, no talento e no raciocínio".

Há motivos de sobra para imaginar a Argentina forte demais na sequência do calendário.

Ex-técnico da sub-20, Lionel Scaloni tem ampla bagagem para lidar com os jovens. Será esta a sua principal atribuição até o começo das Eliminatórias, em setembro, contra o Equador, no Monumental de Núñez, naquele que deve ser o próximo jogo da azul e branca.

São agora 47 partidas e uma única derrota (para a Arábia Saudita na estreia da Copa).

A fase é tão boa, e a paz é tão grande, que quem conhece a conturbada história da seleção argentina até estranha.

As outras seleções têm cada vez mais motivos para respeitar a líder do ranking da Fifa. Eles mesmos. Os atuais campeões da Copa América e da Copa do Mundo.