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Estreou ontem: quem é a joia do River com multa de US$ 54 mi aos 17 anos
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A expectativa por ele é gigante. Seus técnicos nas divisões de base, afinal, diziam que "estava na mesma prateleira de Messi e Maradona".
Com apenas 17 anos, o meia-atacante argentino Claudio Echeverri estreou ontem (22) no River Plate. Com o Monumental de Núñez lotado pela 38ª vez seguida, o gigante portenho arrasou o Instituto de Córdoba por 3 a 1 e praticamente sacramentou o título argentino desta temporada.
A equipe comandada pelo técnico Martín Demichelis agora tem 10 pontos de vantagem para o segundo colocado, o Talleres.
A noite de loucura dos fanáticos pelo River ganhou ares de sonho com a goleada sofrida pelo Boca Juniors fora de casa contra o Godoy Cruz, em Mendoza: um 4 a 0 que ficou até barato.
Em 11º, os xeneizes agora estão nada menos que 22 pontos atrás do River no campeonato. Faltam seis rodadas para o fim.
'Diabinho'
Echeverri é chamado na Argentina de "Diabinho" pela semelhança de estilo com o atrevido boliviano Marco Etcheverry (sem parentesco), famoso nos anos 1990 como "El Diablo".
Leve e driblador, um genuíno "Burrito" Ariel Ortega versão 2.3, o Echeverri do River mede 1,71 metro e pesa apenas 62 quilos.
Nos 30 minutos que esteve em campo, substituindo ninguém menos que Nacho Fernández, a joia demonstrou a qualidade das categorias de base e da seleção argentina sub-17, driblando e quase "roubando" um gol, o terceiro, que foi anotado afinal para Lucas Beltrán, centroavante potente que é cada vez mais comparado a Julián Álvarez —e com justiça.
Echeverri está em boas mãos.
O técnico Demichelis treinava os juvenis do Bayern, de onde saiu para topar o desafio do River. Ex-zagueiro da seleção argentina, com duas Copas no currículo (2010 e 2014), o treinador sabe onde pisa e não pretende apressar a incorporação da nova joia do River—clube que formou, para ficar apenas e tão somente em três nomes, Alfredo Di Stéfano e os contemporâneos Enzo Fernández e Julián Álvarez.
O "Diabinho" é considerado a maior promessa das "canteras" do River em décadas, desde os tempos de Pablo Aimar e Javier Saviola, outros dois valores do clube que explodiram depois na Europa.
A conquista antecipada do River pode favorecer a entrada de Echeverri na equipe principal. Assim que o campeonato estiver matematicamente definido, é de se esperar que o elenco principal seja dosado para guardar as forças para a Libertadores.
Pelo torneio continental, o River tem um verdadeiro mata-mata antes da hora na terça-feira que vem, de novo em Núñez, contra o The Strongest, da Bolívia. Ganhando, avança às oitavas.
Em caso de empate, vai depender do Fluminense, que recebe o Sporting Cristal, do Peru, no mesmo horário (21h).
Multa astronômica
Uma boa maneira de observar o quanto o gigante portenho valoriza a nova joia é o valor da sua multa rescisória.
Quem quiser tirá-lo de Buenos Aires deverá pagar nada menos que US$ 54,3 milhões (era US$ 25 milhões até dois meses atrás).
Sua multa na cotação atual equivale a R$ 259,42 milhões.
A comparação com Enzo Fernández e Julián Álvarez é válida. O hoje volante do Chelsea tinha rescisão no River (aos 21 anos) de US$ 21,74 (agora é de 120 milhões de euros, R$ 624,38 milhões).
Álvarez, que pode sair do Manchester City para fugir da sombra de Haaland, no River tinha (aos 22 anos) rescisão de US$ 20 milhões (equivalência propícia com Echeverri justamente pela posição).
Hoje, depois dos títulos na Copa do Mundo e na Liga dos Campeões, Julián "vale" 50 milhões de euros (R$ 260,16 milhões).
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