Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Vale a pena 'secar'? Badalado River pode dar adeus à Libertadores hoje
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Candidato ao título da Libertadores da América, o River Plate tem hoje (27) uma verdadeira decisão. Precisa vencer o The Strongest-BOL às 21h (de Brasília) no Monumental de Núñez, com todos os 86.000 ingressos vendidos, para se classificar às oitavas de final da Libertadores.
Empatando, o gigante portenho dependeria do Fluminense, que recebe o Sporting Cristal-PER no Maracanã no mesmo horário.
Em caso de derrota e eliminação, esta seria a primeira queda do River na fase de grupos da Libertadores desde 2009, muito antes da "era Marcelo Gallardo", quando o treinador era Nestor "Pipo" Gorosito.
Se deixar chegar...
Para manter a supremacia na Libertadores, os times brasileiros deveriam abertamente torcer para os bolivianos no melhor estilo "hoje o The Strongest é o Brasil na Libertadores" (em paródia ao famoso e polêmico bordão de Galvão Bueno nos anos 1990).
O River faz até aqui uma primeira fase abaixo do esperado, perdendo por 5 a 1 para o Flu no Maracanã, mas se recuperando com um convincente 2 a 0 em Buenos Aires, mostrando que tem chances no mata-mata contra qualquer concorrente desta Libertadores.
Com um meio-campo estrelado, aproveitando a versatilidade de Rodrigo Aliendro, a ótima fase de De La Cruz, a constância de Nacho Fernández, a habilidade de Esequiel Barco e a potência do atacante Lucas Beltrán, o River mostrou que tem um técnico competente (o estreante Martín Demichelis) e um banco de reservas repleto de opções, com Enzo Pérez, Miguel Borja, Pablo Solari, Agustín Palavecino e Matías Suárez, um craque que luta sempre contra as lesões.
O ponto fraco é a defesa, tanto que o time chega a esta decisão com saldo de gols negativo (11 sofridos e 9 marcados).
É a segunda pior retaguarda de toda a fase de grupos, empatada com o Patronato-ARG e à frente apenas do Cerro Porteño-PAR, que levou 12 gols.
Para complicar ainda mais, o sistema terá hoje um desfalque: Leandro González Pírez, que venceu a desconfiança e soube se fixar na posição, ganhando o respeito da exigente torcida do River.
Monumental caldeirão
Outro ponto que pode complicar qualquer adversário do River na eventual sequência desta Libertadores é o insano Monumental de Núñez, hoje o maior estádio do continente, lotado tanto de gente e de euforia.
O River jogando em casa tem sido um dos maiores espetáculos do futebol argentino, como visto na vitória contra o Fluminense.
Os tempos dos clubes brasileiros temendo a Bombonera hoje deram lugar ao receio de pisar também no Monumental, "um estádio com estrutura europeia e paixão argentina", segundo a sua orgulhosa torcida.
Exemplos que mostram como o River historicamente pode superar uma primeira fase claudicante não faltam.
Mesmo o primeiro título de Gallardo na equipe, em 2015, teve uma difícil chegada ao mata-mata, apenas no último jogo e dependendo de resultados, reforçando que aquela "secadinha básica" dos brasileiros não está fora da realidade, não.
Outro ponto que chama atenção no país vizinho é que a classificação deste badalado River (líder do Campeonato Argentino com 10 pontos de vantagem para o segundo, o Talleres) é que a sua classificação viria quase certamente com a segunda posição do seu grupo.
Boca e Racing, afinal, entram na última rodada na liderança de suas chaves.
E o Argentinos Juniors, no grupo do Corinthians, precisa de um empate fora de casa contra o Independiente del Valle para garantir a ponta.
Dizer que é melhor encarar o River que o The Strongest na altitude de 3.625 metros de La Paz não faz muito sentido.
Os times bolivianos não têm tradição na Libertadores e seriam presas fáceis fora de casa, ao contrário deste River.
O histórico, porém, mostra que a vitória do gigante de Núñez na noite de ontem é das mais prováveis.
Em casa, o River recebeu times da Bolívia em 15 ocasiões, com 14 vitórias e 1 empate. O antecedente mais lembrado é o 8 a 0 no Jorge Wilstermann nas quartas de final de 2017, um dos pontos altos de Gallardo no comando da equipe.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.