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Vitor Guedes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Ceni corrige erros da escalação e São Paulo arranca empate com Bragantino reserva

Calleri tenta domínio na partida do São Paulo contra o Red Bull Bragantino: 1 a 1 foi justo pelo equilíbrio  - Diogo Reis/AGIF
Calleri tenta domínio na partida do São Paulo contra o Red Bull Bragantino: 1 a 1 foi justo pelo equilíbrio Imagem: Diogo Reis/AGIF

Colunista do UOL

23/04/2022 18h28Atualizada em 23/04/2022 19h08

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No futebol, o pior cego é o que enxerga o jogo pelas estatísticas!

Em Bragança Paulista, o número que vale é o placar final de Red Bull Bragantino 1 x 1 São Paulo!

Agora, quem quer ver o que não explica absolutamente nada nem tem a menor importância, pode discorrer sobre o placar final da posse de bola (Braga 33% x 67% São Paulo) e do total de chutes 24 a 15 para o São Paulo), segundo o SofaScore.

Não precisa entender estatísticas, basta acompanhar o São Paulo, para saber que o time de Rogério Ceni tem um comportamento em casa e outro fora. E costuma, invariavelmente, melhorar no segundo tempo quando o treinador corrige os erros de escalação: alguém tem alguma dúvida, por exemplo, que Wellington é um lateral esquerdo muito melhor que Léo Pelé?

Preocupado com o confronto da próxima terça contra o Estudiantes, válido pela Libertadores, o técnico Maurício Barbieri escalou a formação reserva do Bragantino, reforçada com três titulares: o goleiro Cleiton, o lateral direito Aderlam e o volante Jadsom.

Já Rogério Ceni, que tem poupado os titulares na Sul-Americana, veio com Léo deslocado para a lateral no lugar de Wellington como citado e com Arboleda, com a faixa de capitão e tudo, formando zaga com Diego Costa. Colorado, Patrick e Nikão também ganharam chance de começarem, mas não justificaram, em campo, as escolhas.

Estratégias prévias à parte, no primeiro ataque do Bragantino, a defesa são-paulina dormiu pelo alto, e Alerrando, no rebote de Jandrei e da trave, todo desajeitado, de coxa, beijou a rede.

Todo o primeiro então se resumiu a posse de bola inútil do São Paulo: o percentual de 69% não foi traduzido em perigo real e o 1 a 0 prevaleceu. Números à parte, o Tricolor sentiu falta de alguém para dialogar com Calleri.

O ritmo da prosa não mudou no segundo tempo. São Paulo com a bola e, vivendo só de Calleri, levando pouco perigo, e o Braga "B" esperando um contra-ataque para matar o jogo.

Wellington, Alisson e Eder entraram, respectivamente, nos lugares de Léo, Colorado e Patrick para não deixar Calleri só: Alisson achou Wellington, o lateral cruzou e Eder igualou de cabeça, 1 a 1. Foi só corrigir a escalação que o empate saiu...

Para tentar a virada, Rigoni entrou no lugar de Nikão. Barbieri, por sua vez, vendo o crescimento tricolor, tratou de colocar alguns titulares em campo e voltou a equilibrar a partida.

Desequilíbrio só de Ceni, em reclamação com o quarto árbitro, já nos acréscimos, chilique que lhe custou o cartão vermelho.

Como o Tricolor jogou como visitante e o Bragantino poupou os titulares, ninguém pode reclamar do 1 a 1. Nem comemorar!

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!

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