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Vitor Guedes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Silêncio institucional do Corinthians não combate o ódio no futebol

Entrada do Centro de Treinamento Joaquim Grava, palco frequente de protestos de torcedores do Corintihans. E de reuniões, onde torcedores são recebidos para paletrarem para altetas e diretores - Nathalia Costa/UOL
Entrada do Centro de Treinamento Joaquim Grava, palco frequente de protestos de torcedores do Corintihans. E de reuniões, onde torcedores são recebidos para paletrarem para altetas e diretores Imagem: Nathalia Costa/UOL

Colunista do UOL

25/04/2022 12h16Atualizada em 25/04/2022 14h08

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Sobre a campanha do Corinthians #FutebolSemÓdio, é bizarro ser necessário, em 2022, ter de se posicionar contra ameaça, violência, agressão, crimes, intimidação, notícias falsas.... Ninguém com cérebro e caráter é favorável ao ódio no futebol (ou em qualquer área).

Aproveito também, embora também seja triste que seja preciso em 2022, para me posicionar radicalmente contra o nazismo, contra o fascismo, contra o racismo, contra a misoginia, contra a xenofobia, contra o elitismo, contra a homofobia e toda forma de preconceito.

Dito isso, seguem perguntas sinceras à diretoria do Corinthians, direção essa, que, na minha opinião, errou em receber líderes da Gaviões da Fiel horas depois de a organizada publicar uma nota oficial que finalizava com os termos "ou joga por amor, ou joga por terror". E olha que quem escreve não é contra a existência de uniformizadas, nem mesmo do diálogo institucional entre torcidas e times, mas não sob chantagem, intimidação e ameaça explicitas na nota oficial.

Vamos às questões?

1) Não festejar o dia de São Jorge, padroeiro do clube e que dá nome à sede social, combateu o ódio?

2) Não divulgar nas redes sociais os relacionados e, depois, a escalação do time que perderia o Derby ajudou no combate a violência ou auxiliou que notícias falsas ("fake news", como preferem os colonizados) especulando sobre a absurda poupação fossem divulgadas?

3) Não se relacionar com toda a sua torcida para punir a parcela criminosa e violência que ameaçou de morte e intimidou presidente e alguns jogadores ajudou a combater essa ínfima parcela ou prejudicou a maioria ordeira?

4) Após o "apagão" de três dias, em que ignorou por completo a sua massa, que, de longe, é o maior patrimônio do clube, com que moral o Corinthians vai pedir para a torcida engajar nas redes e auxiliar o clube em suas futuras campanhas?

Não tenho motivo para acreditar que o apagão inútil teria sido cancelado ou interrompido em caso de vitória no Derby e, pois, não estou insinuando que foi programado já imaginando que o time apanharia o quinto clássico dos cinco disputados no ano. E, caso o Corinthians vencesse (hipótese que virou impossível com a inacreditável escalação), minha opinião em relação ao erro sobre o apagão institucional seria a mesma. Como mantenho, óbvio, o apoio o combate a qualquer ódio, inclusive o ódio no futebol.

Em resumo, o Corinthians acerta, óbvio, no tema, combate ao ódio. E erra feio na execução. Vamos falar mais sobre o assunto na live do Danilo e do Vitão às 15h.

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!

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