Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Liga brasileira de clubes? Só depois que decidirem a taça das bolinhas!
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A divisão inicial entre os cinco paulistas da Série A (Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos e Bragantino) e Flamengo e os demais é um mais um sinal claro que o futebol brasileiro não está pronto para pensar em algo maior, institucional, o produto como um todo.
Não é novidade. Seja na implosão do Clube dos 13 ou, muito antes, na criação da Copa União, sempre ficou muito claro o interesse comercial individual acima da justiça esportiva e do bem coletivo.
Só neste ano, Atlético-MG e Flamengo se mataram publicamente em relação à final única da Supercopa do Brasil. Até quem marcou o hotel primeiro foi motivo de chilique.
Na final do Paulista-2022, diretorias de Palmeiras e São Paulo não entraram em acordo em relação à data da final: um querendo levar vantagem por causa do show no estádio do outro, o outro querendo ganhar dinheiro com show e querendo mudar o calendário como se o adversário tivesse alguma coisa com o show particular que não tinha nenhuma relação com o torneio... Zero consenso.
E todo jogo, após erro de apito, há acusação de parte a parte de que um time é mais influente e beneficiado pelo apito e blá-blá-blá. Nesse cenário, a chance de uma liga que pense no ganho coletivo, deixando as rivalidades para o campo, é nenhuma!
Voltando à Copa União, tratada erroneamente com os olhos do presente como um grande feito do passado, foi feita em 1987 sem, por exemplo, a presença de Guarani (vice-campeão de 1986) e América-RJ (semifinalista de 1986). O critério foi quem tem mais torcida joga e dane-se os critérios esportivos, como por exemplo tentaram fazer os grandes europeus com a natimorta Superliga Europeia.
É mais fácil acabar a insuportável polêmica de quem é o dono da taça de bolinhas do que os clubes se unirem.
Liga de Clubes do Brasil, pensando no negócio coletivo, com divisão justa de dinheiro e entendimento de que os rivais são adversários, mas, ao mesmo tempo, parceiros? Não vi. E duvido que meu filho, de 13 anos, veja. Quem sabe, um dia, meu tataraneto...
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!
Veja:
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