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Mengo nas oitavas: Dorival não é Joel, Tolima não é América-MEX de Cabañas
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Resultadaço! Como futebol não é decidido por desempenho, posse de bola nem mapa de calor, Tolima 0 x 1 Flamengo deixou o Rubro-Negro na boa para carimbar a vaga às quartas no Maracanã e esperar por Corinthians ou, mais provável, Boca Juniors.
Desfalcado, desgastado, pressionado, alijado da disputa no Brasileiro e em desvantagem nas oitavas da Copa do Brasil, o Flamengo sabia que não teria vida fácil na Colômbia e poderia voltar para casa com uma crise muito maior em caso de insucesso.
Dorival Júnior, que fez uma mescla entre veteranos (Éverton Ribeiro e Diego Ribas), que caíram em desgraça com a massa, e atletas que nunca fizeram nada para merecer a confiança da torcida (Rodinei e Léo Pereira), sabia que seria responsabilizado em caso de fiasco.
E Andreas Pereira, herói do último título continental do Palmeiras e de saída, tratou de colocar o Flamengo à frente logo no início. A partir daí, a pressão do Tolima se intensificou, e o Flamengo, na raça, na coragem, na sorte e abençoado por São Judas, tratou de segurar o 1 a 0, ótimo resultado.
Um lance que pode ilustrar uma mudança de fase foi quando Santos, em uma pixotada que Diego Alves e Hugo assinariam, quase entregou o empate, mas Léo Pereira salvou.
No segundo tempo, o Tolima, muito mais na empolgação e no abafa do que na organização e na qualidade, continuou pressionando, mas o Fla segurou a ótima vitória. E tivesse mais esmero nos contra-ataques poderia até ter ampliado.
No entanto, o rubro-negro mais exigente, o jesuíta que vive em 2019, pode dizer, e terá razão, que o Fla de Dorival não jogou quase nada e teve mais sorte do que juízo. É verdade, como é verdade também que o recém-chegado Jorge Jesus fez um monte de bobagem (Rafinha no meio-campo) e quase foi eliminado pelo Emelec nesta mesma fase da Libertadores-2019.
O fato é que Dorival Júnior não é Jesus, mas é muito mais técnico que Joel Santana. E esse Tolima não parece ter a mesma força demonstrada pelo América-MEX de Cabañas, no 3 a 0 registrado no Maracanã, em 7 de maio de 2008.
Em tempo: saudade do Paulo Sousa, nação?
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