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Vitor Guedes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Cuca gostou de passar vergonha e voltou para a fila

Freguesaço de Abel Ferreira, Cuca passou recibo e teve a cara de pau de cornetar o técnico alviverde - Pedro Souza/Atlético-MG e Marcello Zambrana/AGIF
Freguesaço de Abel Ferreira, Cuca passou recibo e teve a cara de pau de cornetar o técnico alviverde Imagem: Pedro Souza/Atlético-MG e Marcello Zambrana/AGIF

Colunista do UOL

14/08/2022 17h33Atualizada em 14/08/2022 22h15

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O Palmeiras, bicampeão da América, eliminou o Atlético-MG na Libertadores atuando a maior parte do jogo com a desvantagem de um jogador (10 a 11) e, por pouco mais de dez minutos, de dois homens (9 a 11). Muita gente, este colunista incluso, ficou chocado com a falta de ideia do time de Cuca e ainda mais estupefato com a entrevista bizarra de pós-jogo, quando o treinador atleticano (que deve explicações muito mais importantes e sérias à sociedade).

Ora, treinador, inclusive os bons (na comparação com a fraca concorrência), cometer bobagem, não é novidade. Mas Cuca não cansou de passar vergonha. Neste domingo, após o Galo ganhar do fraco Coritiba (que luta com dificuldade contra a degola), Cuca passou recibo e usou a entrevista coletiva para desmerecer o trabalho de Abel Ferreira..

Isso mesmo. Cuca, eliminado por Abel nas últimas três Libertadores (pelo Santos, na decisão de 2020, e pelo Galo, na atual e na do ano passado), mandou às favas o senso do ridículo e achou por bem criticar a forma que o melhor treinador português em atividade no pais dirige o time dele.

Mais do que sentir o golpe pelas derrotas do Atlético-MG, parece claro que Cuca sentiu o fato de deixar de ser o sucessor natural de Tite na seleção brasileira. Alguém que acha que jogar com 11 é mais difícil do que com 10 não tem condição de dirigir o Brasil. Ainda que explique o que jamais explicou e é muito mais grave que ser humilhado taticamente. Viva a memória!

Além de Cuca ter queimado a largada, dói no treinador atleticano a óbvia constatação que Abel Ferreira é o nome natural para assumir o Brasil depois da Copa. Se será ele, é outra história, até porque Abel Ferreira pode querer continuar no Palmeiras, onde é o maior técnico da história, ou regressar ao seu país ou ao futebol europeu.

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!

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