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VP se reúne com líderes da Gaviões e ganha voto de confiança da organizada
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Na última segunda-feira (15), três líderes da Gaviões da Fiel se reuniram a sós com Vítor Pereira para cobrarem o treinador pela declaração arrogante, soberba e prepotente ("você sabe quanto eu tenho no banco?), dada no sábado (13), após o técnico perder o seu terceiro Dérbi de três disputados.
O papo de Metaleiro, Roni, Fell com VP não foi só sobre a entrevista, muitos outros pontos foram abordados e cobranças foram feitas, mas, para a rapaziada que não gosta de ler "textão", o resumo é que VP se desculpou, ganhou um voto de confiança da torcida e deixou claro para a Fiel que está 100% motivado em trabalhar pelo Corinthians. E o técnico ouviu dos torcedores que o apoiam.
O clima da torcida com VP antes da reunião
Após a desastrada entrevista coletiva após a terceira derrota no terceiro Dérbi do ano, Vítor Pereira viu seu cartaz diminuir com parte da torcida corinthiana, especialmente com a parcela mais barulhenta, influente e organizada, as torcidas organizadas.
Estopim da Fiel, a mais pesada contra o treinador, Gaviões da Fiel e Camisa 12, dividindo as críticas também com diretoria e elenco, cobraram e deixaram claro que quarta-feira, contra o Atlético-GO, o único resultado aceitável seria a classificação.
VP x Sylvinho: números similares, realidade completamente diferente
Como VP atingiu os mesmos 43 jogos que Sylvinho conseguiu (com desempenho muito similar, apesar de um elenco mais forte em um calendário mais pesado, mas idêntico ao enfrentado pelos adversários), muita gente comparou a situação de ambos, lembrando que o ex-treinador caiu após a torcida exigir a sua cabeça depois de uma derrota para o Santos, no Paulista.
O momento, no entanto, é completamente diferente. Se Sylvinho tinha toda a direção e elenco ao seu lado, era nítido que já havia perdido a arquibancada em 2021 e que sua manutenção era inviável. Com apoio do elenco, a direção trucou e, sem nenhuma manilha, foi obrigado entregar a cabeça para a massa.
Agora, a situação é diferente: VP, como Sylvinho, também tem a diretoria ao seu lado, uma direção, inclusive, que quase não se mete e é cheio de dedos para falar com o técnico, que tem carta branca para fazer o que bem entender, até mesmo poupar em Dérbi, como fez em todos. As semelhanças param por aí: o elenco (leia-se, os líderes, os mesmos que simpatizavam com Sylvinho) não morre de amores por VP. E a questão é muito mais profissional do que pessoal. Para alguns, as divergências são culpa dos atletas mimados; para outros, por falta de tato de VP: à vera, pouco importa o culpado, a vítima é o time, que não rende quando o elenco não compra a ideia do chefe.
Outra diferença, que, no Corinthians, é muito mais importante (para a permanência do treinador), é o humor da torcida. VP já não é a unanimidade que foi, mas ainda conta com um apoio de boa parte que frequenta estádio, o que segura o ímpeto da diretoria presidida por Duilio Monteiro Alves em lhe dar o bilhete azul.
Duilio, abertamente, deixou claro que Sylvinho saiu porque a torcida não aguentava mais e o treinador ter apoio da massa faz ele ter sobrevida no time mesmo com o elenco, especialmente Fagner (Willian já foi embora), de biquinho.
Para além de frases cretinas (como aquela em que disse que estava no Corinthians, mas sonhava dirigir o Liverpool), que não merecem ser ignoradas, há uma diferença óbvia e relevante em relação a Sylvinho: VP, que, até aqui, faz um trabalho decepcionante, tem bons trabalhos na carreira e currículo que convencem muitos a acreditar que uma melhora é possível. Sylvinho, que só tinha uma pequena e péssima passagem no Lyon, foi aprender a ser técnico no Corinthians e só tinha o trabalho ruim como cartão de visita.
Cartada certeira de VP
No entanto, sem as organizadas, não tem VP nem técnico nenhum que tem vida longa no Corinthians. A reunião com Metaleiro, Roni, Fell, da Gaviões, foi uma carta bem jogada pelo técnico. No tête-à-tête com os torcedores, VP (que se comunica muito melhor com a massa que Sylvinho, embora seja estourado e tenha dificuldade ao ser questionado por jornalistas) convenceu a torcida que não é prepotente, arrogante e respeita o povão. Convenceu que foi um erro a forma como falou, reconhecendo que tem pavio curto, mas jurou que a intenção não foi desmerecer a gente humilde que torce para o time do povo. Os relatos ouvidos pela reportagem são de que ele foi extremamente convincente.
E, basicamente, a consequência da reunião foi a reversão do clima no estádio. A torcida, pelo menos por ora, está do lado do treinador e quer ver todos, especialmente os veteranos que ganham uma bala, jogando com mais vontade.
Resta saber como o vazamento da reunião (confirmada por diversas fontes da torcida) de segunda vai cair no grupo corintiano. Como bem sabe o fraquíssimo e engolido Tiago Nunes e Carille, na última passagem, esse grupo não precisa de muita coisa para ficar descontente.
A mensagem de um conselheiro da Gaviões para dirigentes da torcida, relatando o encontro (na visão dos torcedores)
Abaixo, na íntegra, com a ortografia e pontuação original, a mensagem que circula em grupo de torcedores. Reiterando: a veracidade do texto foi confirmada à reportagem por fontes fidedignas da Gaviões da Fiel. O conselheiro da uniformizada que vazou o documento, desculpou-se com a direção dos Gaviões e disse que o vazamento não foi intencional.
Explicação: esse texto foi encaminhado já na madrugada da terça, após a reunião do Conselho do Corinthians. A reunião de três líderes da Gaviões (o ex-presidente Metaleiro, Roni e Fell) com Vítor Pereira aconteceu também na segunda-feira, antes da reunião dos conselheiros corintianos no Parque São Jorge.
"Rapaziada na reunião do conselho . Terminou agora pouco as 1:00 da manhã.
Pauta sobre o Corinthians.
Foram até o clube o Metaleiro, Roni, Fell.
A conversa foi alguns questionamentos com o treinador .
Ele alega, que não tem tempo para treinar e não teve uma pré temporada .
Falou que não consegue ainda, impor o sistema dele de trabalho.
Por falta de peças e jogadores machucados .
Alguns jogadores,com uma idade avançada não aguenta jogar jogos seguidos .
Time com uma idade avançada
Sobre o Willian alguns jogos decisivos ele alegava sentir dores .
O departamento médicos fazia ressonância não acusava nada, pra tirar dúvidas foi feito outros fora do clube, também não acusou nada, mesmo assim o jogador alegava está com dores .
Por isso não era escalado, pelo treinador.
O treinando alegou as mudanças constantes, nos jogos, devido fazer que deveria fazer no treino tem que usar o jogo infelizmente.
Por calendário de muitos jogos só treina uma vez por semana mais nada .
Pediu desculpas a diretoria dos gaviões, pela sua fala, falou que de fato é um cara estourado .
Esta tendo problemas com o Fagner, está meio fora de forma também nos vestiários e tem cobrado o jogador .
Quando ele quis jogar seu erro outro jogador foi cobrado pelo treinador .
Foi falado sobre o Jô contrato pode até dar abandono de emprego .
Luan também qual clube paga 700 mil e santos 100 mil, prejuízos para o clube .
Referente as arquibancadas estão, buscando patrocinadores porque custa muito dinheiro
Vou confirma o valor .
Está arquibancada será feita na sul e na norte .
Fechando o anel ,as arquibancadas móveis não e viável já está descartadas .
Outra alternativa de emediato e trocar as cadeira que mede 45cm devido ser o padrão da copa do mundo .
Pra 40cm almentaria capacidade de 2 mil pessoas .
Na leste .
Na sul eliminar as cadeiras aumenta em torno de 5 mil .
Corpo e de bombeiro também está liberando autorização pra norte .
Sobre o sócio torcedor parece que será feito outro este será eliminado.
Começando tudo do zero.
A diretoria cobrou raça e empenho, aínda que perde um jogo tem jogar com raça .
Parece que o Corinthians não vai compra mais jogador pra este ano."
Resumo: é quarta-feira! No balanço das horas, tudo pode mudar, mas antes de a bola rolar contra o Atlético-GO, as lideranças da Gaviões da Fiel deram um voto de confiança a Vítor Pereira, desculparam o treinador pela declaração arrogante e prepotente sobre o "você sabe quanto eu tenho na conta?" e vão apoiar o time com um olho muito atento ao comportamento dos atletas.
Deixando claro que essa é a opinião da torcida, que é a maior, com mais influência política, que comanda o som e o humor na Neo Química Arena.
A experiência deste colunista, que desde a infância frequenta o Parque São Jorge e há 25 anos acompanha, jornalisticamente, o clube, é que o acordo vale. Mas é o resultado do(s) próximo(s) jogo(s) que define a validade do acordo.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!
Veja:
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