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Flamengo nunca disputou título brasileiro: a culpa não é do Dorival Júnior!
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O Palmeiras já é campeão brasileiro desde a vitória na Neo Química Arena. O 1 a 1 dos titulares alviverdes contra os reservas rubro-negros não alterou absolutamente nada. Como também a vitória de um dos dois não mudaria a marcha alviverde rumo a confirmação matemática da conquista.
Se o Flamengo tivesse alguma chance, a menor que fosse, Dorival Júnior teria escalado o time titular, com as estrelas Pedro, Gabigol e Arrascaeta (que são quem decide), sem sombra de dúvidas.
O futebol só é um negócio porque há torcedores e, pois, antes de tudo é um esporte. E, ao contrário do discurso de uma elite completamente divorciada da realidade da arquibancada, o torcedor brasileiro gosta de decisão, eliminatória e gritar ser campeão. Se não der para botar a faixa no peito, é claro que é melhor ficar nas primeiras posições do que na rabeira, mas ninguém que senta a bunda no cimento da arquibancada troca uma volta olímpica de uma competição por uma campanha honrosa ou vice-campeonato em outra.
Alguns, colonizados a ponto de analisarem o futebol a base do "box-to-box", "hat-trick" e estrangeirismos similares, adoram dizer que na Europa não é assim... E não é mesmo. E daí? Mas o Brasileirão, para desespero de alguns, é disputado no Brasil e quem torce (ou "consome", como prefere a turma que trata torcedor por "cliente") é o torcedor brasileiro, essa rapaziada desrespeitada pela arrogância eurocentrista.
Se a Copa do Brasil vale menos que o Campeonato Brasileiro na hierarquia dos títulos, e claro que vale menos, está mais do que provado que mata-mata mobiliza muito mais as diretorias, os treinadores, os elencos e os torcedores que a interminável, entediante e previsível fórmula de pontozzz corridozzz. E o resultado, visto todo ano em campo, é esse: times poupados, mistos frios e reservas no Brasileirão para guardar o que as equipes têm de melhor para os emocionantes mata-matas!
Palmeiras 1 x 1 Flamengo (que, reitero, não decidiu nada, porque o Flamengo já pisou no Allianz Parque a "impegáveis" 9 pontos) nunca foi decisão de nada! E o treinador Dorival Júnior, que tem a chance de ser campeão tanto da Copa do Brasil quanto da Libertadores (numa provável revanche rubro-negra contra o Palestra), sabia disso. E, por isso, na dividida, não pensou duas vezes e escalou só quatro titulares (Santos, David Luiz, Thiago Maia e João Gomes) e guardou quem faz a diferença para o mata-mata nacional de quarta-feira, contra o São Paulo. E, mesmo assim, saiu na frente com Victor Hugo e quase carimbou a faixa alviverde. Mas Raphael Veiga, com justiça, igualou na etapa final.
Não foi no Allianz Parque que o Fla deu adeus ao título brasileiro. A verdade é que o rubro-negro carioca jamais disputou o caneco, por mais impopular que seja dizer o óbvio. O Flamengo deixou de lutar pelo título do Brasileiro quando jogou meio ano no lixo e demorou para mandar embora o fraquíssimo Paulo Sousa. A burra teimosia e a insistência em dar ouvido a tarados pela continuidade custaram a luta pelo caneco e, quando Dorival Júnior assumiu, o Palmeiras já havia aberto uma vantagem irrecuperável.
Se o Flamengo vai ganhar a Copa do Brasil (é o maior favorito) ou a Libertadores (divide o favoritismo com o Palmeiras), o tempo dirá. Que não vai ganhar o Brasileiro, o tempo jogado no lixo com Paulo Sousa já disse faz muito tempo. E não foi o técnico rubro-negro que vendeu falsa emoção. Essa culpa ele não carrega!
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!
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