Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
VAR, dinizismo, pontozzz corridozzz e outras culpas que eu não carrego!
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Não existe "a imprensa", "os críticos", "a mídia", como uma coisa única. Cada profissional, em cada plataforma e veículo, é responsável, ou não, por aquilo que diz e acredita, mesmo quando diz ainda que não acredite só para chamar atenção e gerar engajamento.
É óbvio que o futebol não é uma ciência exata nem imutável, que a mentira de ontem é a verdade de amanhã e vice-versa.
O futebol evolui, adapta-se ao tempo e quem acha que se joga em 2022 igual a 1930 vive numa realidade paralela, mas, por outro lado, a roda só precisou ser inventada uma vez e a bola, como o planeta, segue redonda e, desde a criação do esporte bretão, vale a regra que o único número que vale é o de gols e o objetivo é e será sempre fazer mais gols que o adversário.
Para chegar ao placar e vencer (sim, é um jogo que tem que vencer e o resultado final é a única coisa que importa), há alguns conceitos que não têm certo ou errado nem fórmula única e depende muito mais do gosto do freguês do que análises profundas, embora alguns teóricos donos da verdade, que por não manjarem absolutamente nada da alma do jogo, tratem futebol como física quântica e vomitem bizarrices diuturnamente.
Dito isso, registremos dez teorias da "mídia" que este colunista jamais compactuou! Essas culpas eu não carrega! Viva a memória!
1. "Quem tem a posse de bola tem mais chance de vencer o jogo". Hahaha.
2. "O Fluminense é candidato tanto ao título do Brasileiro quanto da Copa do Brasil". Realidade: o Flu é, com todos os méritos e de forma inconteste, o atual campeão carioca, competição vencida em cima do Fla sob o comando de Abel Braga. Com Diniz no comando, o Fluminense jamais foi candidato a qualquer título e não vencerá absolutamente nada na temporada, como SEMPRE foi óbvio e, neste espaço, dito com todas as letras. Viva a memória!
3. "O Fernando Diniz evoluiu, o time dele é competitivo e é um nome pronto para assumir a seleção brasileira após a saída do Tite". Eu, como não sou inimigo da volta olímpica e acho legal ganhar, jamais disse insanidade parecida, com todo o respeito a quem pensa diferente e acha que futebol é uma gincana de exibição em que o resultado não importa. Agora, defender Diniz, que não ganhou absolutamente nada em 13 anos de carreira como técnico, na seleção brasileira é extrapolar o direito de ser xarope ou de ignorar o óbvio conceito que seleção é para os melhores.
4. "Mando de campo e torcida não ganha jogo". Deixo para esses gênios, diferenciados, explicarem a diferença de desempenho e de resultados do Corinthians (seja do Sylvinho, seja do VP, seja de qualquer um) dentro e fora da Neo Química Arena.
5. "O Paulo Sousa precisa de mais tempo para trabalhar e mostrar suas ideias". Troque Paulo Sousa por Tiago´n´Roll Nunes, Sylvinho, Domenéc Torrent, Cacique Medina e grande elenco de treinadores fracos e verá que os tarados pela continuidade têm a fé cega e irracional que manter quem faz um péssimo trabalho é uma boa estratégia? Imagine se o Flamengo não tivesse dado corda a essa bobagem e, pois, não tivesse teimado e jogado meio ano no lixo com Sousa e o tivesse trocado antes por Dorival Júnior. A essa altura, o Palmeiras teria um adversário na disputa pelo título brasileiro...
6. "Pontos corridos são mais juntos", "com os pontos corridos, todo mundo tem calendário e o calendário, como todo, fica melhor e mais organizado". Bom, os pontozzz corridozzz estão aí desde 2003 e o calendário é um lixo. E achar que todo mundo contra quase todo o mundo com times poupados, com direito, em algumas edições, a entrega descarada para prejudicar rivais motivando até mudança na ordem dos jogos, é o sistema mais justo é uma opinião que respeito, mas não é a minha. Dizer que seria a solução para o calendário é só uma mentida deslavada espancada pela realidade. Volta, mata-mata! Aliás, como não sofremos de clubismo nem adaptamos o discurso de acordo com a fase dos clubes, defendo isso, em todas minhas tribunas, desde 2003, independentemente do meu time e dos rivais dele serem campeões, rebaixados ou do momento. Viva a memória!
7. "Torcida única é uma medida correta para combater a violência no futebol". Além de destruir a alma do futebol e ser a declaração de derrota da civilização, esse absurdo não resolve o problema. Não o problema da segurança, mas, é verdade, ajuda bem as otoridades preguiçosas que querem ter menos trabalho (embora recebam dinheiro público, de todos nós, para darem segurança à sociedade) e, muitas vezes, ajuda eleger gente que há anos vive de fingir combater a violência.
8. "Cássio tem que ser barrado. No futebol moderno, goleiro tem que saber jogar com os pés." Não foram poucos os 'Jênios' com J maiúsculo que disseram e sustentaram essa barbaridade. Pior do que pensar bobagem foi o criminoso comportamento de ameaça virtual por parcela da torcida. A chance de o Corinthians ter chegado à decisão da Copa do Brasil e passado pelo Boca e ido às quartas da Libertadores e estar na briga por uma vaga à Libertadores via Brasileiro sem Cássio era nenhuma! Ou alguém acha que com Jandrei, contratado por Rogério Ceni no São Paulo por saber jogar com os pés, o Corinthians estaria melhor na temporada?
9. "No futebol de hoje, não tem mais volante, não tem mais o 5", "o Cantillo é o volante moderno". Só compara o Corinthians com o Fausto à frente da zaga e com o colombiano, que não é, nunca foi nem nunca será volante. E teve gente que achou normal e aplaudiu o bizarro Tiago Nunes, quando ele pediu a dispensa de Ralf e indicou Cantillo. Essa culpa eu não carrego! Viva a memória!
10. "O VAR é um avanço", "o VAR é necessário", "não dá mais para pensar em futebol sem VAR", "o VAR melhorou a arbitragem" e outras 818 variações sobre o mesmo tema, apesar dos fatos mostrarem, rodada após rodada, que o nível da arbitragem e a credibilidade do sistema só pioraram desde que esse circo patético foi adotado. E se alguém acha que a arbitragem está melhor agora, por causa do VAR, não vou FALAR nada porque pode ser doença e o médico mandou não contrariar. Aqui, o VAR sempre foi tratado como o lixo que é, SEMPRE, sem indignação seletiva e mudança de discurso dependendo da cor da camisa do time operado! Essa culpa eu não carrego! Viva a memória!
Beijos de luz
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!
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