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Hegemonia braba: Timão é tetra no feminino!
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Com gols de Jaqueline, Diany, Vic Albuquerque e Jheniffer, o Corinthians virou para cima do Internacional (Sorriso abriu o placar minutos após o lixo do VAR anular o tento de Gabi Zanotti) e é tetracampeão brasileiro de futebol feminino: 4 a 1.
1) Campanha digna de ser imortalizada em DVD! O tetracampeonato (tri de forma consecutiva) brasileiro do Corinthians é um prêmio inconteste ao clube e à torcida que mais apoia, prestigia, abraça e se envolve com o futebol feminino. O recorde de público presente (41.070), de público pagante (40.691) e de arrecadação (R$ 900.981,00) também são importantes para um esporte que pretende largar de vez o amadorismo e mergulhar no profissionalismo sustentável.
2) Com o 4 a 1 na decisão, o Corinthians terminou o Campeonato Brasileiro invicto como mandante, mostrando que a Fiel faz diferença também no feminino.
3) As boas campanhas e as melhoras técnicas de outras camisas pesadas, como a do vice-campeão Internacional, a do Palmeiras, a do São Paulo e a do Flamengo, não só valorizam demais o título corinthiano como valorizam o próprio futebol feminino.
4) O futebol feminino já teve outros momentos antes de se firmar. Mas para quem ainda tem preconceito, que trate de arrancar a cueca pela cabeça e se morder porque não tem mais volta: não consigo imaginar mais uma temporada sem a existência de Paulista (mesmo com uma tabela ridícula), Brasileiro, Libertadores e com transmissão televisiva e cobertura da imprensa. Não tem volta! Ainda bem!
5) Arthur Elias faz, no Corinthians, um trabalho muito superior ao da simpática e competente Pia Sundhage na seleção brasileira. Com menos talento, o Timão joga mais e mais à brasileira do que o Brasil. Isso é uma constatação, não uma crítica à sueca porque sou incapaz de cornetar quem toca e canta "Anunciação" com tanta graça.
6) Fala-se tanto, com óbvia razão, do futebol feminino se aproveitar da torcida já existente do masculino que gostaria de fazer um adendo inverso: que o número de famílias, mulheres e toda a diversidade presente nas arquibancadas do Allianz Parque, do Beira-Rio e da Neo Química Arena na reta final do feminino também migre para os jogos de Palmeiras, Inter e Corinthians, e todos os demais, também no masculino. A imbecilidade da torcida única, infelizmente, foi repetida nos Dérbis semifinais. Como também o péssimo e pouco inteligente trabalho da PM, que, na finalíssima, barrou cartazes inocentes. A mesma PM que não impediu faca dentro do campo na semifinal da Copinha e que não impediu invasão e agressão ao goleiro visitante no clássico Santos x Corinthians na Vila Belmiro: mas cartaz de incentivo não pode! Parabéns aos "Jênios" com J preguiçosos e incompetentes envolvidos.
7) Pode até ser que tenham acontecido, mas não lembro de comparações sobre os talentosos e campeoníssimos Ana Moser e Marcelo Negrão, Hortência e Oscar. Dito isso, acho desnecessário, bobo e pouco útil comparar craques como Gabi Zanotti e Renato Augusto para, ainda que de forma bem-intencionada, valorizar o futebol feminino. O esporte, como todos outros, merece ídolos, parâmetros e comparações próprias! Prefiro comparar Zanotti com Sissi, por exemplo.
8) Ainda sobre Gabi Zanotti: a meio-campista corinthiana não fazer parte do elenco da seleção brasileira é uma insanidade. E não é de hoje! Como eu detesto incoerência e acabei de dizer que é um absurdo comparar masculino com feminino, não vou dizer, de jeito nenhum, que é tão inacreditável quanto Falcão não ter disputado a Copa de 1978 e Neto a de 1990.
9) A obrigatória presença do presidente Duilio Monteiro Alves e, principalmente, a surpreendente, simpática e voluntária presença de Vítor Pereira na Neo Química Arena demonstram respeito e apoio não só as Brabas, mas em relação ao futebol feminino com um todo. E quem está de parabéns é a diretora Cris Gambare, apontada por diretores, conselheiros, integrantes da comissão técnica e jogadoras como a grande responsável pela profissionalização do departamento de futebol feminino.
10) O VAR e o consequente VARtebol são lixos malditos em qualquer palco, em qualquer modalidade, sem distinção de sexo e gênero. Quem defende esse circo eletrônico patético é cúmplice do assassinato do futebol. Essa culpa eu também não carrego! Viva a memória!
Parabéns, Corinthians! Paixão não tem cor, raça, sexo, gênero, modalidade. Só quem é sabe o que é. Os antis, lamento, jamais serão e entenderão. Beijos de luz!
A análise completa do título corinthiano, com direito a avaliação das Brabas e do técnico Arthur Elias você confere com Milly Lacombe, Ricardo Perrone e eu na Live do Corinthians no UOL Esporte.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!
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