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Vitor Guedes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Fiasco de público da Sul-Americana atesta a imbecilidade da final única

Final da Sul-Americana-2021 entre Athletico-PR e Bragantino foi um fiasco retumbante de público - LECO VIANA/ESTADÃO CONTEÚDO
Final da Sul-Americana-2021 entre Athletico-PR e Bragantino foi um fiasco retumbante de público Imagem: LECO VIANA/ESTADÃO CONTEÚDO

Colunista do UOL

30/09/2022 13h49Atualizada em 30/09/2022 18h26

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Se vai dar São Paulo ou Independiente Del Valle, só saberemos após a decisão deste sábado, mas o que já é possível dizer é que a Sul-Americana já é um fracasso retumbante de público, crítica e organização.

Assim como na edição passada da Sul-Americana, em que o estádio Centenário, em Montevidéu, ficou às moscas na decisão entre Athletico-PR e Red Bull Bragantino, já é certo o fracasso de público em Córdoba. Não há na cidade do interior argentino clima algum de decisão e a expectativa é que menos de 10 mil pessoas acompanhem a decisão em um estádio com capacidade para 57 mil pessoas: um vexame!

E olha que a torcida do São Paulo é a terceira do Brasil e está carente de títulos. Imagine se fosse o Atlético-GO o adversário do Del Valle: teríamos menos de 2 mil pessoas no interior argentino para ver o jogo!

Mesmo na Libertadores, competição muito mais importante e com muito mais apelo de público, não tem cabimento decisão única. A força das gigantescas torcidas de Flamengo e River Plate, em 2019, e do Flamengo e do Palmeiras, em 2021, diminui o barulho das críticas, mas não muda o fato de que impossibilitou torcedores menos abastados e tão ou mais apaixonados de acompanharem os seus respectivos times.

Quero registrar que este colunista, desde a implementação do lixo colonizado da final em jogo único, SEMPRE se posicionou contrário a essa imbecilidade. Na América do Sul, com todas as carências estruturais e precariedades logísticas e financeiras, importar essa bobagem é uma estupidez. Não há voo direto, por exemplo, do Brasil nem para Guayaquil nem para Córdoba, palcos, respectivamente, das decisões da Libertadores e da Sul-Americana.

Passou da hora de a América do Sul, inclusive no futebol, parar de se comportar como colônia do Velho Mundo e ficar importando critérios que nada tem a ver com a nossa história e a nossa cultura!

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!

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