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Vitor Guedes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Pelo fim da barbárie e pela volta do Brasil da esperança!

Colunista do UOL

30/09/2022 23h07Atualizada em 30/09/2022 23h07

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Dizer que esporte e política não se misturam é desconhecer que política faz parte de todas as atividades. E, quando a política foi substituída pela "não política" do desgoverno Bolsonaro, o que se viu foi o desmonte democrático e civilizatório em todas as áreas, inclusive, óbvio, nos esportes.
Tudo é política, inclusive o humano e esperançoso desejo de dias melhores para corinthianos, palmeirenses, lusos, santistas e são-paulinos que acreditam que a Terra é redonda; o desejo de paz e segurança para rubro-negros, tricolores, vascaínos e botafoguenses que não normalizam chacinas e balas perdidas que só atingem cabeças pretas, pobres e periféricas.
Que neste domingo, de forma democrática, nas confiáveis urnas eletrônicas, desarmemos por meio do voto a estupidez, a ignomínia, e voltemos a ser um país que acredita no amor, na esperança, na Terra redonda, não no ódio, na intimidação, no armamento e na Terra plana...
Espero que o final da tarde e início da noite traga boas notícias para a parcela democrática e decente, a parcela que está vacinada contra a canalhice e que não cai no conto criminoso da cloroquina, a parcela que é a maioria em todas as torcidas.
Que seja um lindo domingo para tricolores, rubro-negros, botafoguenses e vascaínos lembrarem que somos o país construído pelos saudosos Cartola, Bussunda, Beth Carvalho e Aldir Blanc.
Que seja um domingo de luz para os corinthianos que idolatram Sócrates e para os são-paulinos que veneram Raí, para alviverdes como o neurocientista Miguel Nicolelis e para santistas como Mano Brown.
Que Minas Gerais volte a brilhar como brilha o combativo Reinaldo e o estrelado Tostão.
Que a beleza do espírito da colorada Manuela d'Ávila e da gremista Fernanda Lima contaminem o Brasil do Sul ao Norte.
Nunca foi uma escolha muito difícil. Nunca!
Agora, como em 2018, é #EleNão. Agora é Lula! Na minha seleção, estou com os craques Ana Moser, Isabel, Carol, Maria Clara e Pedro Solberg (vôlei), com Dara Diniz (handebol), com Wladimir, Casagrande, Juninho e Adilson Monteiro Alves (Democracia Corinthiana), com Gustavinho (basquete), com ídolos que me representaram vestindo amarelo (Raí e Juninho Pernambucano), ao lado das nadadoras Ana Mesquita e Joanna Maranhão, na mesma luta que os esgrimistas Maju Herklotz e Fernando Scavasin, ao lado de torcedores do meu time (Coletivo Democracia Corinthiana) e dos rivais (Porcomunas e Bloco Tricolor Antifa).
Independentemente do clube de coração ou até mesmo de gostar ou não de futebol, no meu time eu quero sempre quem se posiciona do lado da civilização contra a barbárie, do lado da democracia contra a ditadura, do lado dos direitos humanos contra a tortura, do lado da igualdade racial, sexual e religiosa contra o racismo, contra o machismo, contra a misoginia, contra a homofobia, contra a intolerância religiosa, contra a aporofobia, contra o elitismo e contra todo e qualquer preconceito.

Também é ótimo sinal estar na trincheira oposta de um ESTUPRADOR condenado por CURRA . É sempre bom estar do lado oposto a esse tipo de gente.

No futebol e na vida, quero estar sempre na trincheira oposta à de quem defende a bandeira do horror e à de isentões covardes e acéfalos da falsa simetria. Que cada um de nós possa usar verde-amarelo para torcer pelo Brasil em novembro sem ser confundido com um apoiador lunático do preconceito, do negacionismo e de todos os valores de quem não vale nada.
Repito: não é, nem nunca foi, uma escolha difícil: viva a memória! Sem medo de ser feliz...
Apesar de você, amanhã vai ser um novo dia!

PS: Viva Marielle! Marielle viva!

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!

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