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Diretora do Flamengo insulta nordestinos, Corinthians parabeniza Lula
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Domingo, no dia em que, finalmente, o Brasil legalmente, nas confiáveis urnas eletrônicas, disse não à Idade Média, não ao preconceito, não à ignomínia, não à desumanidade, não à ignorância e não à intolerância, o Clube de Regatas do Flamengo, de forma institucional, emprestou a sua enorme popularidade para a campanha de Jair Bolsonaro.
O líder do desgoverno genocida, aquele mesmo que tratou a pandemia que matou 700 mil brasileiros (muitos deles, rubro-negros) por "gripezinha", foi recebido pelo presidente Rodolfo Landim, por diretores, comissão técnica e jogadores, com direito a interação com a taça, numa tentativa de dar uma última forcinha à candidatura derrotada pelo povo.
Não satisfeito com a manobra patética, uma integrante da diretoria bolsonarista rubro-negra, a diretora de RESPONSABILIDADE SOCIAL (!!!!) Angela Machado, esposa de Landim, fez post xenófobo e preconceituoso em sua rede social contra nordestinos, povo que deu uma vitória consagradora à Lula: "Ganhamos onde se produz, perdemos onde se passa férias, bora trabalhar, pq se o gado morrer o carrapato passa fome". Os erros grotescos de pontuação cometidos pela primeira-dama rubro-negra e a ortografia foram mantidos no original.
Se fosse a diretoria do meu clube eu teria uma desgosto profundo; mesmo não sendo meu time, o meu nojo é exatamente o mesmo. Não tem a ver com clubismo nem com futebol, mas com caráter e humanidade. Aliás, nesta quarta, Dia de Finados, tem Flamengo e Corinthians, ótima oportunidade para lembrar que o time da Democracia Corinthiana foi o único a cumprimentar o presidente eleito (que é corinthiano declarado) no domingo.
Todo o mundo que gosta de futebol sabe que o Flamengo tem a maior torcida também entre os nordestinos. Não "só" entre eles. Vale lembrar que Lula venceu entre os mais pobres e, apesar da gestão Landim achar que o Flamengo se resume ao Leblon, a torcida flamenguista é extremamente popular.
Este post é dedicado à memória de uma mulher rubro-negra que merece todo o meu respeito, como merece meu respeito a maioria do país, torcedora do Flamengo ou de qualquer outro time, que tem amor à democracia e respeita o nosso povo nordestino.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!
Veja:
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