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10 comentários impopulares sobre a seleção brasileira de Tite
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1) Alex Sandro (que, como sabem muito bem os torcedores de Santos e da Juventus, não é um lateral extraordinário do naipe de um Nilton Santos, Júnior e Roberto Carlos, e é inferior tecnicamente a atletas que nem sequer jogaram Mundiais, como André Luiz e Serginho) fez nas vitórias contra Sérvia e Suíça partidas mais seguras e competentes que o muito bom Leonardo (1994) e que o craque Marcelo (2014 e 2018). Alex Telles, que nem é titular absoluto do Sevilla, acrescenta mais no apoio, mas nem de longe dá a mesma consistência defensiva.
2) Daniel Alves, o Vovô Olímpico, é uma aberração: nada, absolutamente nada, justifica a convocação de alguém que não joga desde setembro, que estava só treinando no Barcelona B e que não se destaca como lateral desde 2019. E nunca, sob nenhuma hipótese, lesão se comemora. Agora, Militão, que só virou o lateral pela lesão de Danilo, é a melhor opção para o setor: sempre foi! O que evidencia que faltou um outro zagueiro na desequilibrada lista dos 26. Com todos à disposição, o que não sabemos quando ocorrerá mas é fundamental que aconteça pelo menos nas quartas, uma linha formada por Militão, Marquinhos, Thiago Silva (que jamais deveria ser o capitão pelo seu histórico de desequilíbrio emocional) e Alex Sandro diminuiu bastante a chance de Alisson ser testado. Se não levar gol, é muito difícil imaginar que Neymar, Vinicius Júnior, Rodrygo, Raphinha e quem mais entrar e jogar não beijem a rede uma vezinha que seja... Amamos atacantes, mas o Brasil precisa que Casemiro, que não recebeu amarelo e não deve ser escalado contra Camarões, não seja suspenso até o final da Copa para ter sucesso. O volante fez uma falta absurda em 2018 contra Bélgica e, além de ter feito o gol da vitória contra a Suíça, ótimo "bônus", a sua presença é fundamental para o funcionamento tático defensivo
3) A chance de o Brasil de Tite encantar à brasileira, como a vitoriosa seleção de 1970 e o derrotado time de 1982, é nenhuma! Agora, à 1994, com uma defesa impressionantemente sólida, o ataque talentoso de agora, como Romário e Bebeto outrora, pode ir longe... Em 1994, lembre-se, foi 1 a 0 contra Estados Unidos nas oitavas e 0 a 0 na final contra a Itália... Ainda que cada um seja cada um, com o perdão da obviedade, e que os tempos sejam outros, o Tite-2022 é muito mais Parreira-1994 do que Zagallo-1970 ou mesmo do que Felipão-2002.
4) Tem seleções muito mais divertidas de ver em campo, ofensivas, faceiras e que jogam mais "à brasileira". Agora, entretenimento à parte, nenhum time, nenhum mesmo, nem Espanha e França, é um osso tão duro de roer para se jogar contra do que o Brasil. Não é à toa que o tal "mercado" paga menos por aposta no Brasil em casas de apostas.
5) Vinicius Júnior é um caso raro de talento, carisma e eficiência "europeia" que não perdeu a brasilidade de jogar e agir. É um absurdo de jogador, que participou dos três gols brasileiros anotados até aqui. Mas, como no Real Madrid, onde os holofotes estavam mais direcionados ao Bola de Ouro Benzema, funciona mais quando divide o protagonismo do que quando é a principal estrela.
6) Neymar é apoiador do genocida que mostrou uma caixa de cloroquina pruma ema em vez de agilizar vacina, prometeu homenagear esse cidadão que imitou gente morrendo sem quando marcar no Qatar, tem as questões de impostos para serem muito bem observadas pela Receita Federal, promoveu aglomeração no Réveillon em meio ao auge da pandemia e é um ser humano pelo que todos nós temos o direito de nutrir ZERO simpatia. Dito isso, com todas as letras, não dá para discutir ou minimizar a sua importância futebolística. Ele não é só o melhor jogador brasileiro, como a sua presença atrai os holofotes e abre espaço para Vini Jr, Richarlison e grande elenco desfilar... Resumo, no "amistoso" contra Camarões e nas oitavas, contra Gana, Uruguai ou Coreia do Sul, dá para passar sem Neymar (se Tite escalar Rodrigo e não Fred!)... Agora, para vencer a Espanha, na semifinal, e brigar à vera pelo título, o Brasil precisa de Neymar jogando. E jogando bem, algo que não aconteceu contra a Sérvia, quando ele foi o pior canarinho em campo!
7) Richarlison, em empate técnico com Vini Jr, é o jogador mais gostável da seleção brasileira pelo cidadão fantástico e humano que sempre mostrou ser e que passa autenticidade ao agir. Mas, ainda que seja um bom atacante, que nem centroavante é no Tottenham, não é um 9 à altura de Reinaldo, Careca, Romário, Ronaldo... E, no auge de cada um, é menos jogador que Serginho Chulapa, Adriano, Fred e Luis Fabiano. Ainda assim, por tudo, sou Pombo FC e torço para ele.
8) Não tenho a pretensão de analisar todo o país. Minha bolha é São Paulo-SP, a classe média paulistana, grupo considerado, na média, mais chato, exigente e cri-cri em relação à seleção brasileira. E, seja na redação do Bandsports, onde bato cartão diariamente no Mundial com o Esporte Agora, seja na padaria, no mercado, no açougue e nas ruas da ZL, seja na linha vermelha do Metrô, seja no encontro com familiares e amigos e nos grupos de Zap, é impressionante o engajamento com a Copa e a recuperação da camisa amarela, que, até a eleição, havia sido tomada pela extrema-direita antidemocrática, abjeta e golpista. Dizer que a seleção brasileira (na Copa) não mexe com a população é um negacionismo absurdo!
9) Nem a Espanha, provável adversária das quartas, nem a França, possível rival em uma hipotética final, entraria para enfrentar o Brasil na condição de zebra ou azarão. Nem de favorita! Ainda que Inglaterra, Argentina e Alemanha nunca possam ser descartadas, ficarei muito surpreso se o campeão não estiver entre Brasil, Espanha e França, o que não significa, até por impossibilidade de tabela, que serão os três primeiros. Argentina, possível adversário brasileiro ou espanhol na semifinal, e Inglaterra, que cruzará com a França nas quartas se der a lógica, correm por fora.
10) Em 2006, a gorda e preguiçosa seleção de Ronaldo, Adriano e Ronaldinho Gaúcho (Kaká foi o único do quadrado -mais para círculo- mágico que se apresentou em forma) era muito mais talentosa que a versão 2022. Fora isso, o time atual é melhor que 2010, 2014 e 2018 e é a primeira vez que o Brasil tem reais chances de levantar o caneco desde o pentacampeonato de 2002. O hexa não é uma barbada nem um devaneio pacheco: é uma realidade bastante possível.
Leia as colunas dos jogos da Copa do Mundo do Qatar
País de Gales 0 x 3 Inglaterra e Irã 0 x 1 Estados Unidos
Holanda 2 x 0 Qatar e Senegal 2 x 1 Equador
Inglaterra 0 x 0 Estados Unidos
Argentina 1 x 2 Arábia Saudita
Estados Unidos 1 x 1 País de Gales
Análises e projeções de Basílio e Vitor Guedes da primeira fase do Mundial do Qatar
Grupo A: veja AQUI as análises do Basa e do Vitão.
Grupo B: veja AQUI as análises do Basa e do Vitão.
Grupo C: veja AQUI as análises do Basa e do Vitão.
Grupo D: veja AQUI as análises do Basa e do Vitão.
Grupo E: veja AQUI as análises do Basa e do Vitão.
Grupo F: veja AQUI as análises do Basa e do Vitão.
Grupo G: veja AQUI as análises do Basa e do Vitão.
Grupo H: veja AQUI as análises do Basa e do Vitão.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!
Veja também:
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Vexame argentino reitera a importância de Tite escalar Vini Jr!
Palpites do Basílio e do Vitor Guedes para a 1ª rodada da fase de grupos da Copa
AQUI a análise da seleção inglesa feita por Paulo Andrade, Bernardo Ramos, Rafael Oliveira, Rodrigo Coutinho e eu.
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