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Messi é 10: tem de levantar a Copa para igualar a nota 1000 de Maradona!
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10 pitacos em homenagem ao 10 Messi sobre Argentina 2 x 1 Austrália.
1) O tal do "ciclo" argentino, com a segunda maior invencibilidade da história das seleções com 36 jogos invictos, incluindo o título da Copa América-2020 no Maracanã, não levaria a Argentina a lugar nenhum. Como, aliás, não levou a Itália, a recordista com 37 jogos, campeão da Euro que nem sequer se classificou à Copa. Se não fossem as óbvias alterações feitas no time argentino (especialmente as entradas obrigatórias e que sempre foram óbvias de Enzo Fernández e Julián Álvarez) provocadas pela derrota vexatória para a fraca Arábia Saudita, a Argentina já teria, a exemplo de Uruguai, Alemanha, Dinamarca e da "geração belga", voltado para a casa. Resumo: 45 minutos patéticos na estreia do Mundial ensinaram muito mais que todo o "processo", para desespero dos cascateiros travestidos de planejadores científicos. Messi é 10.
2) Otamendi, que ajeitou para Messi abrir o placar contra a Austrália com uma tacada de brilhar, é fraco, pesado e lento. E sofreu o corte de Goodwin antes do atacante contar com o desvio de Enzo Fernández para assinar o gol australiano. Otamendi, apesar do gol sofrido pela Argentina nas oitavas, não comprometeu. Mas é preciso registrar que a entregada fatal poderá vir nas quartas, na semifinal ou na final... Contra a Austrália, até eu, Otamendi e Romero... Messi é 10.
3) Na Copa do Mundo em que a frieza das torcidas fakes e terceirizadas chama a atenção, a "hinchada" argentina se fez ouvir no Qatar. Sozinha, a torcida argentina não vai ganhar o Mundial, mas é evidente que é uma força que nenhuma outra seleção de ponta conta no Qatar. Pode ajudar muito... Messi é 10.
4) A Argentina tem fraquezas individuais, imperfeições táticas e uma fila para carregar nas costas, fatores que pesam. Mas tem um país, uma torcida, um time e uma comissão técnica inteiros que não se constrangem nem mostram ciúmes de serem coadjuvantes e de trabalharem para Messi. Messi é 10.
5) Lionel Scaloni não tem uma grande trajetória como treinador. Hans Flick (técnico da Copa mais bem remunerado, com uma trajetória como auxiliar na Alemanha e de sucesso como treinador principal do Bayern de Munique), com muito mais currículo, enterrou a Alemanha com substituições imbecis contra o Japão. Lionel, não Scaloni, o Messi é 10.
6) Há sempre mais de uma maneira de enxergar o mesmo fato. Muita gente, louquinho da Silva para trabalhar na Legião da Boa Vontade, pode dizer que a Austrália está de parabéns por ter chegado às oitavas. Ok. Respeito. Mas eu prefiro registrar que o fato de o representante da Ásia (a geografia padrão Fifa é o armagedon!) ter ido longe só reforça, sublinha e reitera o enorme vexame que foi a participação da Dinamarca. E até a Tunísia, que ficou em 3º no Grupo D, tinha mais recursos para dificultar a vida argentina.
7) Saidinha de goleiro é uma imbecilidade pós-moderna que não serve para nada quando dá certo. E quando dá errado, é gol do rival. É uma aberração. Os pós-moderninhos dinizistas que aplaudem essa falta de responsabilidade que passem pano para o fanfarrão do goleiro Matthew Ryan, que ofereceu o 2 a 0 para Julián Álvarez e acabou de vez com o confronto. Errar é uma coisa: palhaçada é outra! Quem faz a saidinha cretina, como Ryan, assume o risco de transformar o circo em gol rival! Messi é 10.
8) Se passar pela Coreia do Sul e de quem vier de Croácia x Japão, que não é nada mais do que cumprir a obrigação, a seleção brasileira não terá moleza na semifinal seja contra quem for. Mas é menos complicado a Holanda, que nunca venceu um Mundial, do que a Argentina, com Messi querendo o título que falta a sua carreira. Mesmo registrando a debilidade defensiva argentina, é um clássico perigoso e imprevisível. Quem gosta de futebol, deve torcer por Brasil x Argentina. Quem gosta de ganhar, é muito mais negócio, ainda que não seja uma teta, longe disso, torcer por Brasil x Holanda. Eu amo futebol e sou apaixonado por ser campeão. Messi é 10.
9) No seu milésimo jogo profissional, o craque Lionel Messi, o melhor futebolista deste século até aqui, superou a marca de gols de Maradona em Copas: 9 a 8. Messi é 10.
10) Os números, muitas vezes, quase sempre, mentem. O gol que o fez superar Maradona foi o primeiro anotado por Messi na fase de mata-mata dos Mundiais. O número que Messi (que foi é vice-campeão mundial em 2014 como Maradona foi em 1990) precisa igualar para poder ser comparado a Diego (o cara do título de 1986) na Argentina é o de Copas conquistas. Pela idade, Qatar-2022 é a sua última chance. Por ora, Messi é 10, Maradona, imortal, é 1000.
Confirmando todas as projeções feitas desde o sorteio, a Argentina encara a Holanda pelas quartas de final, na sexta-feira (9/12), às 16h. Se o Brasil passar pela Coreia e, na sequência, pelo vencedor de Croácia x Japão, fará a semifinal contra o vencedor de Holanda x Argentina.
Leia as colunas dos jogos da Copa do Mundo do Qatar
Polônia 0 x 2 Argentina e Arábia Saudita 1 x 2 México
País de Gales 0 x 3 Inglaterra e Irã 0 x 1 Estados Unidos
Holanda 2 x 0 Qatar e Senegal 2 x 1 Equador
Inglaterra 0 x 0 Estados Unidos
Argentina 1 x 2 Arábia Saudita
Estados Unidos 1 x 1 País de Gales
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!
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Palpites do Basílio e do Vitor Guedes para a 1ª rodada da fase de grupos da Copa
AQUI a análise da seleção inglesa feita por Paulo Andrade, Bernardo Ramos, Rafael Oliveira, Rodrigo Coutinho e eu.
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