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França de Mbappé, o melhor do mundo, tem bola para repetir Brasil-1962
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10 pitacos sobre França 3 x 1 Polônia, placar construído com dois gols e passe ("assistência" é frescura de basqueteiro) para gol de Mbappé, o melhor jogador do mundo com folga.
1) Giroud, o maior artilheiro da história da França (o que prova que números, sem contexto, mentem), aproveitou passe açucarado de Mbappé para colocar a França em vantagem já no finalzinho da primeira etapa, momento decisivo para não deixar a zebra ganhar força psicológica no confronto. Mbappé, que fechou o placar no segundo tempo com dois gols (o último uma verdadeira pintura), é o craque da Copa até aqui. Fez seu nono gol em Copas, o quinto no Qatar, assumindo a artilharia isolada da edição atual. Nos acréscimos dos acréscimos, o VAR deu um pênalti para Lewandovski descontar. O juiz ainda mandou voltar
2) Benzema foi eleito, com justiça, o melhor jogador do mundo na última temporada. Mas Mbappé, que, pela idade, ainda não atingiu o auge, já é um jogador melhor que o seu ex-colega de seleção francesa.
3) Mbappé ainda não atingiu (e talvez nunca alcance) o melhor nível de Messi e Cristiano Ronaldo, mas, hoje, é (o que é diferente de estar) o melhor futebolista do mundo. Com alguma folga. Ninguém, hoje, sobra em potência, velocidade e habilidade quanto o 10 francês. Com todo o respeito a todos os outros, incluindo Messi e Neymar, os seus companheiros de PSG.
4) Mesmo afetada por uma série de lesões, Benzema citado incluso, a França, individualmente, ainda é a melhor seleção do mundo e pode repetir o que não acontece desde o Brasil de 1962, ser bicampeã de forma consecutiva.
5) Griezmann, que não é um goleador nato nem um velocista para fazer o papel de ponta-ponta ("externo desequilibrante") rende muito mais neste papel de meia centralizado por trás do centroavante (o antigo ponta de lança ou "jogador da zona 14"), função que permite ao craque distribuir, armar e também aparecer como finalizador. A importância dele para o esquema francês pode ser ilustrada pelo fato de Neymar e Messi ter a mesma função, respectivamente, no Brasil e na Argentina.
6) Não é à toa que Raphinha é reserva de Dembélé no Barcelona. Apesar de potenciais parecidos, o momento do francês é superior.
7) Lloris não é o Zidane jogando com os pés nem aparece na lista dos três melhores goleiros do mundo, mas é confiável, seguro e experiente. E fez a defesa do jogo ao evitar o gol de Zielinski quando o placar apontava 0 a 0 já na parte final da primeira etapa. Na sequência do lance, já batido, viu Varane tirar de cima da linha o chute de Kaminski.
8) Didier Deschamps não é o Rinus Michels, mas, a exemplo de Beckembauer e Zagallo, é campeão mundial tanto como jogador quanto com treinador e merece muito respeito. Não é qualquer treineiro um que conseguiria driblar tantos desfalques e administrar o ego e a vaidade do vestiário campeão francês.
9) A Polônia, que jogou menos que Arábia Saudita e México no Qatar e só avançou aos mata-matas porque futebol permite essas "injustiças", não vai fazer falta nenhuma à Copa. Se Estados Unidos e Austrália, outros eliminados nas oitavas, podem dizer que deram tudo, a participação polonesa é uma vergonha. Mesmo levando em conta que o fraquíssimo Paulo Sousa participou do "ciclo", esperava mais da Polônia. E olha que não esperava quase nada.
10) Szczesny não merece ser afetado com as críticas à sua seleção. A Polônia chegou até onde chegou graças a ele, que se despediu como, até aqui, o melhor goleiro da Copa. E ainda pegou um "pênalti" (vergonhoso, inventado pelo lixo maldito do VAR e confirmado pelo banana do soprador de apito encarnado) de Messi.
Agora, a França encara Inglaterra ou Senegal nas quartas de final, sábado (1012), às 16h.
Leia as colunas dos jogos da Copa do Mundo do Qatar
Polônia 0 x 2 Argentina e Arábia Saudita 1 x 2 México
País de Gales 0 x 3 Inglaterra e Irã 0 x 1 Estados Unidos
Holanda 2 x 0 Qatar e Senegal 2 x 1 Equador
Inglaterra 0 x 0 Estados Unidos
Argentina 1 x 2 Arábia Saudita
Estados Unidos 1 x 1 País de Gales
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!
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AQUI a análise da seleção inglesa feita por Paulo Andrade, Bernardo Ramos, Rafael Oliveira, Rodrigo Coutinho e eu.
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