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Marrocos faz história: é semifinalista sem 'processo' nem posse de bola
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10 pitacos sobre Marrocos 1 x 0 Portugal, partida que fez de Marrocos o primeiro semifinalista africano da história das Copas. Em 1986, ainda na fase de grupos, Marrocos também eliminou Portugal: viva a memória!
1) O treinador Walid Regragui, que não tem um dos quatro melhores times da Copa (não é nem sequer o melhor time africano), estreou no comando de Marrocos na última data Fifa antes da Copa do Mundo, já em setembro, e, pois, não participou do "planejamento", do "processo", do "ciclo" e do nome que os cascateiros travestidos de cientistas gostam de dar para o período que não tem a menor importância. E, com um grande trabalho no mês da Copa, que é a única coisa que importa, Regragui fez história: Marrocos é a primeira seleção africana semifinalista de Mundial. E chega à semifinal invicta (na fase de grupos, eliminou a "geração belga" e ficou à frente da Croácia) e com a melhor defesa da competição! Os cascateiros travestidos de "planejadores" piram!
2) Como deve ser triste e sem cor a vida de quem que não entende nada absolutamente nada da alma do futebol a ponto de ignorar ou minimizar o papel decisivo do ambiente para o resultado. Com todos os méritos do treinador Walid Regragui, Marrocos jamais seria o primeiro semifinalista na história das Copas não fosse a festa absurda da torcida marroquina. Só Marrocos e Argentina, dentre as seleções que ainda estão na briga (a Arábia Saudita e a Tunísia também contaram com uma ajuda fundamental da arquibancada e, não por acaso, venceram Argentina e França), contam com torcidas que fazem a diferença no Qatar.
3) Portugal tem uma ótima geração, a melhor do país desde 1966, mas se tem uma posição no futebol que faz toda a diferença é a do goleiro. E Diogo Costa é um guarda-redes fraco de marré-marré, uma espécie de Vítor Baia sem carisma para citar outro arqueiro identificado com o Porto. Quando foi chamado a intervir, Bono espalmou arremate de João Félix que assinaria o 1 a 1.
4) A falha no gol de En-Nesyri foi muito mais de Digo Costa, mas o zagueiro Rúben Dias também falhou. Apesar de todo o cartaz do bom defensor do Manchester City, a verdade que muita gente não está preparada para ouvir é que o auge de Pepe, que ainda joga bem no seu ocaso, é muito superior.
5) Futebol, ao contrário do que acreditam ou fingem crer os "planejadores", é um jogo com uma enorme carga de imprevisibilidade e de aleatoriedade, fatores que fogem por completo ao controle das comissões técnicas e dos elencos. O resultado final poderia ser completamente diferente se, no final da primeira etapa, o apito (lixo maldito e escandaloso do VAR incluso) não tivesse sonegado um pênalti claríssimo para Portugal, sofrido por Otávio.
6) Se a barração de Cristiano Ronaldo, o ex-CR7 e atual CR37, se provou um acerto com o show do substituto Gonçalo Ramos no 6 a 1 contra a Suíça, a saída de João Cancelo, destaque do Manchester City e um dos melhores laterais do mundo, é uma aberração! Mais uma cometida por Fernando Santos, outro treinador que não pode reclamar de falta de tempo para trabalhar, de falta de continuidade... O "processo" e o "ciclo" têm todas as digitais do fraquíssimo treinador português.
7) Cristiano Ronaldo e João Cancelo entraram aos 7 do segundo tempo, respectivamente, nos lugares de Rúben Neves e Rapahel Guerreiro. Mas, com o placar adverso e com 40 milhões de marroquinos atrás da linha da bola (sem palhaçada de "Rec 5" ou de tentar fazer o segundo gol), não conseguiram fazer a diferença. Ronaldo ainda teve uma finalização nos acréscimos, mas o goleiro Bono fez boa defesa.
8) Posse de bola não serve para nada e a tara cretina para usar esse dado na análise do jogo é uma das coisas pós-modernas mais cretinas do esporte bretão! Mas, para deleite dos "possedebolers", registremos a goleada de Portugal, na aferição do Sofascore: 73% a 27%. Uhu, ô, pá!
9) Bruno Fernandes, o melhor português da Copa com folga, também teve a chance de mudar o ritmo da prosa logo após o gol marroquino, mas a bola, caprichosamente, preferiu agredir o travessão a beijar a rede. Até às quartas, o meio-campista está na seleção da Copa, mas, como ficou fora da hora da verdade, deve perder o posto.
10) Marrocos enfrenta França ou Inglaterra, quarta-feira (14/12), às 16h. Venha quem vier, o favoritismo não será africano, mas sonhar (e treinar, se preparar, acreditar e lutar) não custa nada. E a torcida, no estádio, será toda marroquina. Walid Cheddira, expulso nos acréscimos, desfalca Marrocos.
PS: Força, Pelé!
AQUI todas as colunas Vitor Guedes
Leia as colunas dos jogos da Copa do Mundo do Qatar
Polônia 0 x 2 Argentina e Arábia Saudita 1 x 2 México
País de Gales 0 x 3 Inglaterra e Irã 0 x 1 Estados Unidos
Holanda 2 x 0 Qatar e Senegal 2 x 1 Equador
Inglaterra 0 x 0 Estados Unidos
Argentina 1 x 2 Arábia Saudita
Estados Unidos 1 x 1 País de Gales
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!
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AQUI a análise da seleção inglesa feita por Paulo Andrade, Bernardo Ramos, Rafael Oliveira, Rodrigo Coutinho e eu.
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