Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Futebol também merece a alegria e a civilidade do Samba do Trabalhador
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Nesta segunda (26/12), realizei o desejo de conhecer, levado pelo meu irmão Marcos Guedes, paulistana da gema, mano metido a merrrmão, o Samba do Trabalhador, no Renascença Clube, no Rio.
E só tive a sorte de conhecer porque o caçula, que nasceu de 8 meses, precavido, pagou os R$ 33,00 de cada um pela internet, antecipado. Na porta, já tinha esgotado... Lotado!
Não sei como era no tempo em que Don-don jogava no Andarhy, mas hoje o futebol merecia ambientes da mesma qualidade, energia e simplicidade.
No palco, roda de samba raiz comandada pelo rubro-negro Moacyr Luz, como é o combinado. Ainda contou com a palinha da vascaína e portelense Teresa Cristina, do atleticano Toninho Geraes e de muita gente conhecida, respeitada e admirada na comunidade do samba.
Na plateia, com uma lotação próxima a do Maracanã na final da Copa de 1950, camisas do Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo se misturavam a grande maioria à paisana. Vestido com a branca e preta do meu time (que não revelo de jeito nenhum), fui abordado, sempre com bom humor e simpatia, por alguns rubro-negros, que queriam saber se eu tinha algum recado para mandar ao Vítor Pereira. Só desejei melhoras à sogra do canalha...
"Foi um Rio Que Passou em Minha Vida", declaração de amor composto por Paulinho da Viola à Portela, foi cantada por toda a plateia, em uníssono, por mangueirenses, como eu, salgueirenses, torcedores da Vila Isabel. Ocorreu o mesmo com sambas históricos da Verde e Rosa, do Salgueiro, do Império, da Vila Isabel...
Homens e mulheres da Velha Guarda, jovens, negros, brancos, bambas, neófitos no samba, todos, todas e todes juntos e misturados, um grande barato. Água para quem é de água, cerveja no balde de gelo para quem é de cerveja gelada, pista fervendo. Todo tipo de gente, mas todo mundo gente, gente como a gente, como a líbero loira (carioca fala loUra) rubro-negra Fabi, campeã olímpica, e o ex-árbitro negro e gaúcho Márcio Chagas.
Tomaz Miranda, rubro-negro e verde-rosa, um dos compositores do espetacular e necessário "História Para Ninar Gente Grande", que deu o título à minha Estação Primeira, em 2019, também deu o recado no Samba do Trabalhador, um espaço que tira a poeira dos porões e faz do Brasil um país de Lecis, Jamelões.
E dia 30 (me recuso a usar "sextar" porque tenho um nome a zelar, que vem de ZL) tem pré-Revéillon na Mangueira (já pago antecipado) porque eu mereço, porque o Brasil merece e porque são verde e rosa as multidões.
O que poderia ser melhor do que tudo isso? Só mandar a tristeza e o Bolsonaro embora! Um feliz, civilizado, democrático e antifascista 2023 a todos. Viva, Marielle!
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!
Leia AQUI todas as colunas Vitor Guedes no UOL Esporte
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.