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Vitor Guedes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Água Santa abençoa o Corinthians de Lázaro! Festa da Fiel, de Yuri e Guedes

Róger Guedes (que fez dois gols) e Yuri Alberto (que abriu o placar e deu os outros dois ao colega) fazem a festa na Neo Química Arena - Marcello Zambrana/AGIF
Róger Guedes (que fez dois gols) e Yuri Alberto (que abriu o placar e deu os outros dois ao colega) fazem a festa na Neo Química Arena Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Colunista do UOL

18/01/2023 21h27Atualizada em 18/01/2023 21h27

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10 pitacos sobre Corinthians 3 x 0 Água Santa

1) Após a derrota com ridículo desempenho físico, técnico e tático contra o Red Bull Bragantino, em Bragança, tudo que o Corinthians e o seu comandante Fernando Lázaro precisavam era pegar um time tão fraco contra o Água Santa: que bênção! E a Fiel pode se divertir com a goleada, com as boas atuações de Fagner, Du Queiróz e Renato Augusto e com o ótimo desempenho da dupla Yuri Alberto e Róger Guedes.

2) O gol inaugural de Yuri Alberto reforçou o que sempre foi óbvio. Para o Corinthians ser competitivo, Renato Augusto e Yuri Alberto, que não entraram em campo na atuação medonha de Bragança, têm de jogar. E Fagner precisa ser o velho Fagner. O problema, óbvio, é que Renato Augusto não vai conseguir jogar sempre; Yuri Alberto vai jogar mais, mas, quando não puder, não dá para ser substituído por Júnior Moraes. E Fagner, que jogou o fino contra o Netuno, tem que mostrar a regularidade que não mostrou sob o comando do mentiroso Vítor Genro Preocupado Pereira!

3) Róger Guedes não joga a bola que acha que joga, fala demais, tem uma máscara sobressalente, mas, como atacante, tem qualidade e, ofensivamente, solto como segundo atacante, como posicionado por Fernando Lázaro, é útil. O segundo e terceiro gols corinthianos, anotados ambos por Róger Guedes após passes ("assistência" é frescura de basqueteiro afetado) de Yuri Alberto, mostraram como a dupla pode funcionar nesta formatação.

Guedes - ANDRé PERA/PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - ANDRé PERA/PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Roger Guedes celebra gol do Corinthians sobre o Água Santa
Imagem: ANDRé PERA/PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

4) Ficou claro que Fernando Lázaro vai mesmo jogar no 4-4-2. Os movimentos ofensivos, no esquema, são mais fáceis de serem assimilados e funcionarem. Agora, na hora de defender (a rapaziada pós-moderninha afetada prefere "transição defensiva"), vai precisar muitos ajustes, especialmente pelas laterais, para não sobrecarregar Fagner e Fábio Santos. O Água Santa, em Itaquera, não é parâmetro para absolutamente nada.

5) Sem Robert Renan, que se mandou ao Zenti incluído na mal explicada transação de Yuri Alberto, Bruno Méndez ganhou uma chance no lugar de Gil para formar dupla ao lado de Balbuena. A verdade é que Balbuena estava merecendo mais sair do time do que o Gil, mas o ponto é que contra adversários mais fortes, ofensivos e velozes, não dá para jogar com a linha defensiva tão lenta e envelhecida como a da estreia em Bragança (Fagner, Gil, Balbuena e Fábio Santos) e, pois, Bruno Méndez tem grande chance de se firmar como titular.

6) Mesmo com toda a ruindade do Água Santa e a facilidade com que o Corinthians construiu a vitória, Cássio teve que trabalhar... E fez uma grande defesa quando o placar estava ainda 0 a 0. O que mostra que Cássio, o maior goleiro da história corinthiana com sobras, começou bem a temporada. E que a defesa é um problema, neste início de ano, maior do que sugere o gol único tomado em duas partidas.

7) Du Queiroz, que, no meio do ano (e da temporada) também vai embora para o Zenit, vai fazer muita falta. Ele não tem a mesma qualidade técnica de Fausto, de Maycon e de Renato Augusto, mas joga em qualquer função do meio-campo e é quem tem caixa para dar dinâmica à equipe.

8) O Corinthians, que não caiu na mais fácil das quatro chaves do Paulista, vai cumprir a obrigação de avançar às quartas no Grupo C e, venha São Bento, Ferroviária ou Ituano, tem tudo para passar e chegar à semifinal. Agora, não é uma vitória contra o fraco Água Santa que deve valer para a Fiel já tirar o cavalo da chuva e sonhar com grandes momentos... Muita calma nessa hora...

9) É óbvio, mas, como as autoridades e organizadores fingem que não são com eles, repetimos: jogo em Itaquera (vale também para Morumbi e Allianz Parque) não pode ser 19h30 porque boa parte do público só consegue chegar com a partida em andamento. E também não pode ser 21h30, porque as pessoas precisam voltar para casa... Nem 8, nem 80, ou melhor, nem 19h30, nem 21h30. Futebol, na capital paulista, por causa do tráfego, do péssimo serviço de transporte público e por respeito aos torcedores (e até aos moradores, que não torcem ou não ligam para futebol) tem de começar entre 20h e 21h. A não ser, claro, que o único objetivo seja resolver a grade de TV e se lixar para os torcedores... Mesmo desrespeitada pelo horário e pelos preços cobrados, a Fiel está de parabéns pela presença: 37.796 pagantes (37.972 presentes), proporcionando uma renda de R$ 2.325.141,50.

10) O Água Santa é um dos sérios candidatos à degola. A boa notícia para os torcedores do time de Diadema é que tem bem mais candidatos do que vagas à A-2-2024...

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!

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