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Vitor Guedes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Sem magia, Santos de Hellmann empata com a Ferroviária e segue empacado

Odair Hellmann abraça Elano; em sua estreia na Ferroviária, ex-ídolo peixeiro segurou o empate contra o Santos - Marcello Zambrana/AGIF
Odair Hellmann abraça Elano; em sua estreia na Ferroviária, ex-ídolo peixeiro segurou o empate contra o Santos Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Colunista do UOL

28/01/2023 20h31Atualizada em 28/01/2023 20h31

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10 pitacos de Santos 1 x 1 Ferroviária, mais um péssimo resultado do Peixe de Odair Hellmann:

1) Posse de bola não serve para absolutamente nada! Nem para critério de desempate! Mas, para os pós-modernos que valorizam essa bobagem inútil, foi uma goleada peixeira: 64% a 36%, fora o baile! Uhu! Os números são do Sofascore!

2) Que o Santos não tem time para ser campeão e que é o mais fraco dos quatro grandes nem mesmo os alvinegros praianos questionam. Agora, mesmo com todas as conhecidas limitações, o Peixe tem elenco para não passar vergonha contra o Guarani e, como mandante, vencer bem o fraco Água Santa e a Ferroviária. Para isso, não precisa ser mágico, Odair Hellmann. Elano, que também não é mágico e estreou no comando técnico da Ferroviária, conseguiu segurar a igualdade...

3) Aliás, não precisava ser mágico para cravar que Hellmann não era uma boa opção para o Santos. Em 16 de novembro (leia aqui), nesta mesma coluna Vitor Guedes, aqui no UOL Esporte, publiquei o texto intitulado "Sem DNA ofensivo, Odair Hellmann chega ao Santos já de aviso prévio". À época, fui questionado por muito torcedor santista que, agora, está dizendo o mesmo... Viva a memória!

4) O treinador Odair Hellmann, que, no Brasil, destacou-se no Inter e no Fluminense com times retranqueiros, não é o único culpado. Aliás, nem o maior deles. A diretoria do Santos (a atual e as últimas) faz um péssimo trabalho! Não é à toa que, nos últimos dois estaduais, o Santos escapou do rebaixamento só na última rodada! Agora, chegar, no mínimo, às quartas de final é obrigação!

5) Apesar da reclamação, Sandry cometeu o pênalti, sofrido e convertido por John Kennedy nos acréscimos do primeiro tempo. Aliás, o atacante da Ferroviária, que já tinha matado a pau contra o Água Santas e ido bem mesmo na derrota para o São Paulo em Araraquara, faz um ótimo Paulistão até aqui.

6) O gol do empate peixeiro foi de Mendoza, mas quem merece aplausos de pé, pelo lance, é Dodi: jogadaça do meio-campista, que deu o passe (basqueteiros chamam de "assistência"). O tento fez justiça parcial: o Santos não merecia perder! E o santista não merecia um time tão fraco!

7) Com tantos problemas no elenco e pouco dinheiro para investir, a diretoria santista não deveria ter desperdiçado parte do orçamento com Carabajal. Certamente, gastar com laterais teria sido mais útil.

8) O Canindé, a exemplo da Vila Belmiro, é um estádio delicioso para se ver futebol. Se alguém tem culpa por mais um tropeço santista não é o estádio luso. Nem o torcedor santista (11.573 presentes, incluindo a galera da Ferroviária), que, dado a fase, até que apoiou bastante e teve muita paciência.

9) Foram apenas cinco rodadas do Paulistão, mas, fosse cartola do Peixe, começava a pensar já no elenco para o Campeonato Brasileiro. O torcedor do Peixe, que tem orgulho de seu time nunca ter sido rebaixado, sabe que não dá para encarar o Brasileirão com o mesmo grupo que está sofrendo no estadual...

10) Se o torcedor santista teve algum motivo para ficar emocionado neste sábado, esse motivo não aconteceu no empate do Canindé. A homenagem ao Rei Pelé (no estádio Mané Garrincha, em Brasília, antes da decisão da Supercopa do Brasil vencida pelo Palmeiras) foi lindíssima!

Pelé - Ueslei Marcelino/Reuters - Ueslei Marcelino/Reuters
Bandeirão com rosto de Pelé foi erguido nas aquibancadas do Mané Garrincha antes de Palmeiras 4 x 3 Flamengo
Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters
homenagem ao Rei - Reprodução/TV Globo - Reprodução/TV Globo
Flávia e Kely Nascimento, filhas de Pelé, seguram réplicas da taça Jules Rimet ao lado do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues
Imagem: Reprodução/TV Globo

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!

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