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Vitor Guedes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Palmeiras bate Flamengo em jogaço com nó de Abel no freguês VP

Abel Ferreira chuta microfone; chiliques reprováveis na beira do campo não mudam o fato que o técnico deu um banho tático em Vítor Genro Preocupado Pereira - Reprodução/TV Globo
Abel Ferreira chuta microfone; chiliques reprováveis na beira do campo não mudam o fato que o técnico deu um banho tático em Vítor Genro Preocupado Pereira Imagem: Reprodução/TV Globo

Colunista do UOL

28/01/2023 18h45Atualizada em 30/01/2023 18h02

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10 pitacos sobre Palmeiras 4 x 3 Flamengo, espetáculo entre os dois melhores e mais ricos times do país vencido por quem tem, disparado, o melhor treinador::

1) Vítor Genro Preocupado Pereira manteve o 0% de aproveitamento em confrontos contra o Palmeiras e 0% de conquistas. O Flamengo não pode dizer que o Palmeiras levou vantagem por manter Abel Ferreira porque mandou embora Dorival Júnior porque quis. E qualquer um que assistiu à temporada passada sabe que Dorival fez, no Flamengo, um trabalho muito superior ao fraquíssimo trabalho de VP no Corinthians. Sobre o mentiroso VP, já dissemos e reiteramos: não existe ex-canalha. E nem duas palavras: quem tem palavra tem uma só!

2) O time e o elenco do Flamengo, que já eram superiores ao do Palmeiras, aumentou a diferença com a chegada de Gérson na Gávea e as saídas de Danilo e Gustavo Scarpa no Palmeiras. Esta diferença, no entanto, não apareceu em campo porque Abel Chilique Ferreira, especialmente no primeiro tempo, deu um banho tático constrangedor em Vítor Genro Preocupado Pereira. O Palmeiras era superior em campo no 0 a 0 quando Zé Rafael dormiu no ponto e cometeu pênalti em Arrascaeta, continuou melhor no 0 a 1 até o canhoto Raphael Veiga empatar de direita, manteve o domínio até o destro Gabriel Menino, com uma pintura de canhota, assinar a virada no crepúsculo da etapa inicial. Contra um adversário mais bem organizado e planejado, o Flamengo equilibrou as ações no segundo tempo na qualidade técnica superior do seu elenco.. Foram assim, respectivamente, em lances de genialidade de Gabigol e Pedro, que foram construídos o 2 a 2 e o 3 a 3. No entanto, os buracos defensivos voltaram a aparecer na jogada que resultou no gol (irregular pela posição de Mayke) decisivo de Gabriel Menino.

3) Da série "viva a memória", o então corinthiano Vítor Genro Preocupado Pereira foi eliminado pelo Flamengo na Libertadores após a imbecilidade de deixar Fábio Santos no banco de Piton no confronto de ida (além da insana escalação de Cantillo como 5). Quem acompanhou o seu péssimo trabalho no Corinthians não estranhou Filipe Luís no banco na decisão... Na outra lateral, Éverton Ribeiro, à Tiago Silva, usou a mão para cometer um pênalti claro e cretino logo após o Fla chegar ao 2 a 2, no pior momento alviverde da partida. Se a torcida rubro-negra reclamava, com razão, que Rodinei era ruim na marcação, o baile que Varela levou de Dudu e a penalidade de vôlei cometida por Éverton Ribeiro escancaram que o problema não foi resolvido. Mais do que Rodinei, o rubro-negro tem motivos é para estar com saudades do técnico Dorival Júnior!

4) Os dois gols de Gabriel Menino não mudaram o fato de que o garoto não tem as mesmas características de Danilo. No entanto, reiterou o que sempre foi óbvio: sem Danilo, Menino é uma opção 818 vezes mais interessante do que Jaílson ou Atuesta.

5) Segundo Jênios com J maiúsculo, idiotas colonizados, Raphael Veiga e Gabigol (ambos marcaram em dose dupla e ambos foram precisos nos respectivos pênaltis) não podiam defender o Brasil na Copa porque atuam no futebol brasileiro e blá-blá-blá...Viva a memória!

6) Gabigol e Gabriel Menino podem se candidatar, mas o meu voto de golaço da antológica decisão da Supercopa do Brasil vai para Pedro, o autor da obra de arte que empatou a partida em 3 a 3. Mais do que um gol de 9, foi gol de craque! Ainda que não tenha mudado a festa verde.

7) Wilton Pereira Sampaio, que não é um grande árbitro, acertou nas duas penalidades assinaladas (uma para cada lado) e errou ao validar o gol de Menino que definiu o 4 a 3 (Mayke, impedido, claramente atrapalha o goleiro Santos) para o Palmeiras. O lixo maldito do VAR não corrigiu o erro! Como aqui não sofremos de indignação seletiva, sempre dissemos que o VAR é um lixo maldito, que, além de não corrigir injustiças, aumenta a sensação de prejuízo da torcida operada. Quem defende esse circo eletrônico que explique como o gol foi validado: essa culpa, independentemente do clube, eu não carrego! Viva a memória!

8) Além do gol que deu o título para o Palmeiras, Wilton foi mal no aspecto disciplinar e mostrou falta de critério. Vamos lá: Gabigol tirou a camisa após marcar de pênalti e recebeu amarelo; Veiga deu uma voadora na bandeirinha de escanteio ao empatar e o árbitro passou pano... Para o meu gosto e critério, não deveria ter amarelado ninguém, mas, se quer ser o zé-regrinha, deveria punir Veiga com fez com Gabigol. No entanto, como Gabigol já tinha amarelo, ele pipocou e não deu o segundo amarelo quando o atacante trocou "carinhos" com Weverton.

9) Abel Ferreira foi expulso só nos acréscimos do segundo tempo, mas demorou só 5 minutos para o dar o primeiro chilique na área técnica. Abel passou o jogo inteiro reclamando e recebeu o amarelo, com muito atraso, por se colocar à frente de Arrascaeta e impedir o rival de cobrar rapidamente o lateral. Comportamento inaceitável. E só recebeu o vermelho no finalzinho, depois, inclusive, do seu auxiliar João Martins também ser bem expulso. Até o fechamento deste texto, no entanto, a cínica turma que diz só querer o bem do futebol" não se manifestou repudiando a atitude do treinador. Nem para questionar o gol do título, irregular, validado para o Palmeiras. Da série "senta lá, Claudia", se isso acontecer, atualizamos o texto...

Reiteramos o óbvio: Abel Ferreira é, disparado, o treinador que faz o melhor trabalho no futebol brasileiro. Chega a ser ridículo questionar isso. Como é muito fácil constatar que seu comportamento à beira do campo é insuportável e recriminável.

10) A previsível maioria rubro-negra no Mané Garrincha não foi traduzida em maior apoio. Não sei as condições do vento no Mané Garrincha, mas o fato, objetivo, é que, como aconteceu em Montevidéu na decisão da Libertadores-2021, a torcida que canta e vibra presente compensou no gogó a desvantagem numérica, cantou alto e equilibrou o jogo na arquibancada.

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi informado no texto, o técnico do Palmeiras chama-se Abel Ferreira, e não Abel Pereira. Além disto, o pênalti do Flamengo foi cometido por Éverton Ribeiro, e não pelo uruguaio Varela. Os erros foram corrigidos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL