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Embratur tenta ressuscitar amarelinha para vender o Brasil ao mundo
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O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, se reuniu esta semana com Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, com o objetivo de utilizar institucionalmente o futebol brasileiro como forma de promoção do país no exterior.
A intenção é boa, mas não será melzinho na chupeta, não... Desde que a tradicional camisa amarela da seleção brasileira foi tomada de assalto e adotada como uniforme por golpistas, terroristas, fascistas, belicistas, armamentistas, reacionários, antivacinas e idiotas de todos os tipos, ficou muito difícil desassociá-la da extrema-direita bovina.
No entanto, a exemplo da bandeira nacional, o uniforme da seleção pertence a todos os brasileiros, não apenas aos antidemocráticos, ignorantes e lunáticos. Para tentar recuperar o seu uso, os presidentes da Embratur e da CBF, Marcelo Freixo e Ednaldo Rodrigues, se reuniram nesta semana para traçar uma parceria com o objetivo de usar o uniforme para vender o país no exterior.
"Nossa ideia é criar uma parceria da Embratur com e CBF. Pelé é até hoje o brasileiro mais conhecido no mundo inteiro. Uma das melhores imagens que sempre tivemos no exterior foi do Pelé e do nosso futebol. Sempre foi nosso melhor cartão de visita e não tem razão para a gente não usar isso em favor no nosso país também fora das quatro linhas", afirmou Marcelo Freixo, apostando na despolitização do fardamento.
"A camisa amarela não pertence a nenhum partido. Ela é sinônimo de algumas das maiores alegrias do nosso povo. Temos que usar nosso uniforme para promover coisa boa, e contra o racismo e a homofobia, e não apenas no futebol, onde é muito presente e visível, mas em toda a sociedade. O Brasil pode e deve estar na vanguarda dessa luta", finalizou Freixo.
Em tese, a Embratur e a CBF têm razão e devem fazer um esforço conjunto, mas, particularmente, não acredito no êxito da iniciativa. Pelo menos, não em curto prazo. Eu, por exemplo, que amo e vivo futebol desde que nasci e tenho como primeira lembrança de vida a Copa de 1982, que torci, aos 5 anos, com a amarelinha, não quero usar nada que me confunda com uma gente ignóbil, criminosa e golpista.
Agora, ainda que difícil, não resta outra solução para a CBF. O futebol brasileiro é identificado no mundo inteiro pelo vitorioso manto amarelo e não dá, simplesmente, para abrir mão da camisa. É uma pena que a entidade tenha acordado tarde para o problema...
Agora, como o golpismo foi derrotado nas seguras urnas eletrônicas, torço, ainda que não acredite nisso, que ele também seja derrotado, simbolicamente, com a retomada da camisa brasileira por parte da parcela decente e democrática da torcida brasileira.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!
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