Fotógrafo ferido em final é transferido de hospital e amigos fazem vaquinha
Nuremberg José Maria, fotógrafo atingido por bombas arremessadas ao gramado na final da Copa do Brasil, na Arena MRV, foi transferido de hospital na tarde desta terça-feira (12). Ele foi para o Mater Dei, em Belo Horizonte.
Ele está acompanhado por sua esposa, Cristiane, e amigos o visitaram e criaram uma vaquinha para ajudá-los nos custos enquanto ele não consegue trabalhar.
O dinheiro vai diretamente para o Nuremberg, foi uma atitude incrível do pessoal do Galo no Ar, que fez uma rifa para concorrer a um ano de ingressos grátis em 2025 para todos os jogos do Atlético-MG na Arena.
Pedro Vale
Mais cedo, um delegado, um investigador e um escrivão foram ao Hospital Maria Amélia Lins para colher depoimento. A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou inquérito para apurar o caso.
O presidente do Atlético-MG, Sérgio Coelho, e o médico Otaviano de Oliveira Jr., que trabalha no Galo, também estiveram no local para prestar solidariedade.
O fotojornalista não possui previsão de alta. Ele teve fratura exposta em três dedos, ligamentos rompidos e um corte na sola do pé, e passou por cirurgia ainda no último domingo (10), logo após ser ferido durante o jogo entre Atlético-MG e Flamengo, na Arena MRV.
Bombas arremessadas na final
Nuremberg foi atingido enquanto exercia sua profissão. Atleticanos lançaram bombas no campo depois do gol marcado pelo Flamengo, na reta final da partida, e as explosões afetaram profissionais que estavam na beira do gramado.
A FMF (Federação Mineira de Futebol) emitiu nota de repúdio aos atos de violência no estádio e expressou solidariedade ao fotógrafo ferido. "Desejamos boa recuperação ao profissional e a todas as pessoas que sofreram qualquer tipo de violência no estádio", escreveu a federação.
O Atlético-MG também lamentou o ocorrido e ofereceu assistência completa para a recuperação de Nuremberg. O clube ainda afirmou que continuará colaborando com as autoridades para identificar os culpados.
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