Voo atrasado e clima pós-furacão preocupam brasileiro para a Maratona de Nova York

O furacão Sandy causou mortes e destruição nos Estados Unidos, principalmente em Nova York. Mas, mesmo assim, o prefeito Michael Boomerang optou por manter a tradicional maratona na cidade. Representante brasileiro na competição, Marílson Gomes dos Santos teve seu voo atrasado por causa da super tempestade e disse estar preocupado com o pouco tempo de aclimatação no local.

Marílson tinha voo marcado para a última terça-feira (30/10), mas só conseguiu embarcar na noite de quinta-feira (01/01), já que a primeira viagem teve de ser cancelada devido ao fechamento dos aeroportos da região.

A chegada tardia em Nova York preocupa o corredor, pois terá pouco tempo para aclimatação na cidade. "Os atrasos são sempre ruins, é menos tempo para a recuperação do desgaste da viagem e para a aclimatação", disse ele.

Mesmo assim, o maratonista garante estar tranquilo para a prova, da qual já foi vencedor por duas vezes (em 2006 e em 2008). "Tenho de estar. Sei que vou ter de trabalhar muito. No mais, é torcer para me sentir bem na hora da prova", declarou.

Já o treinador Adauto Domingues amenizou a situação, lembrando que os outros competidores estrangeiros também terão menos tempo para se adaptar ao clima de Nova York, que apresenta temperaturas próximas aos 7ºC. "Também vão ter pouco tempo de adaptação. Com isso, o nível técnico da prova deve cair", considerou Domingues.

Além do clima, a infraestrutura do local também prende a atenção de Marílson. "Estou mais apreensivo com a situação em Nova York. Não sei se a infraestrutura vai estar pronta para receber tanta gente", afirmou. Os organizadores da prova , porém, esperam um número menor de participantes já que dos 47 mil inscritos, 20 mil são estrangeiros e podem encontrar dificuldade para chegar à cidade.

A maratona de Nova York ocorrerá no próximo domingo, dia 04/02, e será a sétima edição da qual Marílson participa. Desta vez, porém, o percurso poderá sofrer alterações, já que, por causa dos estragos causados pelo "Sandy",  as pontes que integram o caminho da maratona foram fechadas.  

"É pena. O mesmo percurso acaba ajudando, porque eu sei onde está a parte mais difícil da prova, onde posso sofrer mais...Mas, na verdade, isso não é decisivo. Em maratona sempre, mas sempre mesmo, o atleta tem de estar bem no dia da competição", concluiu ele.