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Este conteúdo é uma produção do UOL Content_Lab para adidas e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL. Publicado em Março de 2022

Com a palavra, a igualdade!

Para silenciar o machismo - inclusive, no esporte - é preciso calar o tom pejorativo como falamos do feminino

oferecido por Selo Publieditorial

Um dos aspectos que definem a identidade de um povo/nação é o uso de uma língua em comum. E a fala nossa de cada dia não deixa dúvidas: impregnados de machismo, nossos sujeitos, verbos e predicados constroem discursos e realidades que rebaixam e reprimem a mulher em todos os setores da sociedade. Inclusive no esporte... Afinal, boleiro é sempre o homem que joga bola e boleira, a mulher que faz bolos, certo? Errado!

"A prática de banalizar palavras e expressões que restringem ou tornam ofensivo o espaço do feminino é muito mais cotidiana do que pensamos

Ana Elisa Ribeiro, linguista e professora do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet - MG)

Exemplos disso não faltam - com direito a oficialização da discriminação no dicionário (1):

Se em vários momentos o dicionário sacramenta a desigualdade, é na linguagem diária que ela se mostra ainda mais arraigada. A ponto de palavras femininas serem masculinizadas sem a menor razão.

Quando queremos dizer que um homem é o líder de um time, falamos que ele é 'O' cabeça da equipe, em vez de A cabeça

Thaís Toshimitsu, professora de língua portuguesa do ensino médio

A decrepitude do dicionário/discurso machista se torna ainda mais evidente - e descabida! - quando a contrapomos com a evolução do papel da mulher na sociedade como um todo.

Afinal, não faz sentido algum nosso dicionário e nossa linguagem seguirem inferiorizando o feminino em um país onde a jogadora de vôlei Tifanny (2) tornou-se, já há cinco anos, a primeira transgênero do Brasil a entrar em quadra no circuito profissional; onde a jogadora de futebol Formiga é a atleta brasileira, incluindo homens e mulheres, com o maior número de Copas do Mundo e Olimpíadas no currículo, com impressionantes sete participações em cada um dos eventos; e onde a judoca Mayra Aguiar (3) consagrou-se, há poucos meses, como a primeira brasileira a conquistar três medalhas olímpicas em um esporte individual.

Mais do que envolver mera questão gramatical, o debate em torno desse tema expõe aspectos culturais e ideológicos da sociedade. No ativo combate às falas e vivências dessa desigualdade, a adidas dá um novo passo em sua campanha global Impossible is Nothing. Trata-se da iniciativa I'm Possible ("Eu Sou Possível", veja quadro), que apoia mulheres, sejam atletas amadoras ou profissionais, no compromisso de virar o jogo contra o machismo.

Reconhecemos o seu poder e celebramos as possibilidades que elas veem, partilhamos do otimismo com que exploram as oportunidades. Este é o nosso apelo dirigido a todas as mulheres, de seguir tornando possível o impossível, todos os dias

Vicky Free, head global de marketing da marca

É muito importante, trazer à tona discussões que nos façam enxergar o machismo embutido na escolha de certas palavras e expressões

Ana Elisa Ribeiro, linguista e professora do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet - MG)

E com atenção redobrada para que elas gerem de fato uma mudança de atitude, e não apenas criem discursos cínicos

Thaís Toshimitsu, professora de língua portuguesa do ensino médio

Sim, é muito desafiador, mudar o entendimento machista que um povo tem de uma expressão. Mas totalmente possível. A cantora Anitta que o diga: em setembro de 2020, ela publicou em um vídeo sua indignação ao constatar que o Google definia que "patroa" era a esposa do patrão/dona de casa. Uma semana depois, a plataforma alterou o significado do vernáculo para "proprietária ou chefe de um estabelecimento privado comercial, industrial, agrícola ou de serviços em relação aos seus subordinados; empregadora". Em paralelo a isso, o termo "patroa" passou a ser usado como sinônimo de uma mulher independente, bem-sucedida, admirável. Hoje, é isso que nos vem à cabeça quando o ouvimos. Falamos. Sentimos. E vivenciamos, promovendo a inclusão que a adidas busque que aconteça, a partir do esporte, na consciência e na atitude coletivas como um todo.

No Brasil, mais especificamente em São Paulo, a adidas está reformando quadras de CEUs (Centros Educacionais Unificados - espaços que visam promover o desenvolvimento integrados de crianças, jovens e adultos por meio de experiências esportivas, recreativas e culturas cotidianas). A ação inclui reforma estrutural dos espaços, com revitalização visual a partir de ilustrações da artista Aline Bispo. Para celebrar, no decorrer do ano, as embaixadoras da adidas visitarão os CEUs, oferecendo atividades para as comunidades.

CEU Água Azul - Embaixadora: Ellen Valias, jogadora de basquete

CEU Feitiço da Vila - Embaixadora: Daniela Lopes, corredora

CEU Butantã - Embaixadora: Tifanny Abreu, jogadora de vôlei

CEU Parque Bristol - Embaixadora: Luana Maluf, blogueira que atua em prol do espaço das mulheres no futebol

Acesse a série "I'm Possible" (Eu sou possível) em adidas.com/impossibleisnothing e veja mais possibilidades.

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