23/02/2010 - 00h21

EUA 'se vingam' de suecas e alcançam finais do hóquei contra donas da casa

Das agências internacionais*

Em Vancouver (Canadá)

Seleção norte-americana feminina de hóquei comemora a vitória e a vaga na final em Vancouver

As norte-americanas do hóquei no gelo avançaram na noite desta segunda-feira à final dos Jogos de Inverno de Vancouver ao massacrar a Suécia – algozes nas últimas Olimpíadas de Turim-2006 – pelo placar de 9 a 1. O time enfrentará as donas da casa, já que o Canadá venceu a Finlândia por 5 a 0;

O primeiro tempo terminou 2 a 0 para os Estados Unidos, que marcaram 3 a 1 na segunda etapa para terminar, no último tempo, com 4 a 0.

A atacante Monique Lamoureaux foi a artilheira da partida com três tentos anotados. Os outros gols dos Estados Unidos foram marcados por Meghan Duggan, Caitlin Cahow, Angela Ruggiero, Kelli Stack, Karen Thatcher e Kerry Weiland.

Pernilla Winberg fez o gol de honra das suecas, que após ter conseguido eliminar as norte-americanas da final olímpica na última edição dos jogos, vieram de duas “goleadas” acachapantes em Vancouver – na partida anterior, perderam de 13 a 1 para o Canadá.

Com EUA e Canadá na final, as donas da casa tem a chance de se vingarem pelos homens, na terceira vez nos últimos quatro Jogos em que as equipes se enfrentam na decisão. No domingo, na chave masculina, os norte-americanos venceram por 5 a 3 na primeira fase.

Na sua semifinal, o Canadá teve dois gols de Haley Irwin. Além disso, Meghan Agosta bateu um recorde, com seu nono gol em Olimpíadas.

Na disputa pela quinta colocação, a Suíça venceu a Rússia por 2 a 1, melhorando em relação a Turim-2006, quando ficou em sétimo. Foi apenas a segunda vez que as suíças competiram nos Jogos.

Competitividade

Em Turim, as suecas haviam quebrado um monopólio total de Estados Unidos e Canadá na modalidade, que desde Nagano-98 só tinha visto os dois países na final. Porém, a ianque Angela Ruggiero minimiza a ideia de “revanche”. “Tivemos de ganhar quatro jogos para chegar aqui, então nem estávamos mirando alguém em especial. Para ser honesta, não foi nem nosso melhor hóquei, temos ainda mais no tanque”, disse a jogadora.

Opinião corroborada pela capitã sueca Erika Holst. “Se algum time quiser bater Estados Unidos ou Canadá [no feminino], tem que estar no melhor dia, no melhor jogo e no melhor desempenho da vida. Senão, a tarefa é dura”.

Críticos apontam para a falta de competitividade da modalidade feminina do hóquei olímpico, que possui só oito equipes e, pra piorar, só tem duas equipes que disputam a ponta: Estados Unidos, que venceu em Nagano-98, e Canadá, ouro nas duas edições seguintes, em Salt Lake City e Turim.

O Canadá inclusive obteve o maior placar da história dos Jogos de Inverno ao bater, na estréia em Vancouver, a Eslováquia por 18 a 0.

*Atualizada às 07h14.