Para elas, bater só 1 rival entre 19 é vitória. Para ele, a prata é derrota
“Ficar satisfeito com a prata não é minha visão sobre um esporte de elite. Não é para isso que eu treino, não é para isso que eu corro. Corro para vencer.” A frase do holandês Sven Kramer explica sua cara feia depois da derrota na prova de 10.000 m da patinação de velocidade dos Jogos Olímpicos de Inverno, nesta terça-feira (18), em Sochi.
Campeão desta mesma prova em Vancouver-2010, Kramer pretendia conquistar o bicampeonato hoje, mas foi superado pelo compatriota Jorrit Bergsma, que conseguiu a marca de 12min44s45, 4s57 mais rápido que o medalhista de prata.
O domínio da Holanda no esporte ficou claro no terceiro lugar de Bob de Jong, formando um pódio totalmente laranja – mas com apenas dois medalhistas sorridentes.
Kramer já havia disputado uma prova nos Jogos de Sochi, os 5.000 m, na qual conquistou o ouro, no último dia 8. A vitória mostrou outra face do patinador de 27 anos, alegre e orgulhoso no pódio após o triunfo.
A frustração de Kramer contrastou com a felicidade das brasileiras Fabiana dos Santos e Sally Mayara após um 18º lugar no primeiro dia de disputa do bobsled em duplas. Isso porque a Coreia do Sul – país que sediará os próximos Jogos de Inverno, em 2018, em Pyeongchang – ficou na 19ª e última posição.
As brasileiras marcaram o tempo combinado de 2min00s02, 5s13 atrás das líderes, as americanas Elana Meyers e Lauryn Williams, em um desempenho visto como satisfatório. Mais duas sessões estão programadas para quarta-feira.
"A gente está aqui pra competir. Queríamos fazer em menos de 1min00s e conseguimos fazer isso [em cada descida]. Batemos a Coreia, que era uma meta nossa. Fizemos uma descida limpa, boa. Amanhã é melhorar esse resultado que a gente fez hoje", afirmou Sally Mayara após a performance do dia.
No último domingo, as brasileiras haviam sofrido um acidente durante um treinamento no Sanki Sliding Center. Apesar do tombamento feio, as atletas não se machucaram.
Japonês quebra o braço em prova do combinado nórdico
O japonês Taihei Kato quebrou um braço na prova de esqui do combinado nórdico, nesta terça-feira. Mas não foi exatamente por uma queda; ele conseguiu aterrissar na neve após o salto, só que o esqui se soltou de seu pé esquerdo e causou o desequilíbrio do atleta. Com a lesão, Kato perdeu a chance de disputar uma medalha no combinado nórdico.
Integrantes da banda Pussy Riot são presas em Sochi
Duas integrantes da banda punk Pussy Riot, Maria Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova, foram detidas nesta terça-feira em Sochi. Após quatro horas presas, as ativistas foram liberadas e deixaram a delegacia usando máscaras. Elas afirmaram que estavam apenas andando pela cidade e que foram detidas por suspeita de roubo.
O advogado da banda, Alexander Popkov, disse em entrevista à agência de notícias AP que a polícia se recusou a revelar se elas foram detidas como suspeitas ou como testemunhas. O roubo teria ocorrido no hotel onde elas estão hospedadas, segundo o advogado.
Americano supera neve e é o primeiro campeão do halfpipe no esqui
A chuva e a neve que castigaram Sochi nesta terça-feira não assustaram o americano David Wise, que se consagrou o primeiro campeão olímpico da história na disputa do halfpipe do esqui estilo livre. Com três títulos consecutivos no X-Games, entre 2012 e 2014, Wise confirmou o favoritismo e levou o ouro com pontuação 92,00.
Mas Wise também teve sorte: o canadense Justin Dorey, outro candidato ao título, errou em suas duas voltas e terminou só em 12º. Seu compatriota Mike Riddle ficou com a prata, enquanto o francês Kevin Rolland levou o bronze.
Artista que vendeu milhões de discos se dá mal na neve
Acostumada com o protagonismo no mundo da música, em que já vendeu mais de 10 milhões de disco como violinista, a tailandesa Vanessa Mae mostrou ser dublê de atleta. Ela foi a última colocada na prova do esqui Slalom Gigante da Olimpíada (entre as que completaram a prova), atrás da brasileira Maya Harrisson. Ela foi um prodígio da música clássica desde muito cedo, entrando no Livro dos Recordes aos 13 anos como a solista mais jovem da história a gravar concertos de Beethoven e Tchaikovsky. Mas, na pista, Vanessa cometeu falhas consideradas infantis, errou o percurso, consertou o trajeto e enfim levou tudo na brincadeira na hora das entrevistas. "Eu quase bati três vezes, mas consegui chegar em pé no fim, o que é meu objetivo principal. Só de experimentar isso aqui já é incrível. Estava preocupada em me perder na pista, mas deu certo", descreveu a violinista-esquiadora.
Francês estica a perna por ouro, mas leva tombo e fica com a prata
O francês Martin Fourcade, ao perceber que não ficaria com o ouro na prova de saída em massa de 15 km do biatlo, fez o máximo para conseguir “roubar” o primeiro lugar do norueguês Emil Hegle Svendsen. Ele esticou a perna esquerda para cruzar em primeiro, mas não adiantou: teve que se contentar com a prata e ainda tomou um tombo na linha de chegada. Os dois, na verdade, terminaram com o mesmo tempo (42min29s1), mas Fourcade perdeu por ter sido penalizado.
* Com Bruno Freitas, do UOL, em Sochi (Rússia)
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