Chegou a Sochi atrás de medalha. Volta para casa com 3 decepções
A escocesa Elise Christie, de 23 anos, chegou aos Jogos Olímpicos de Inverno como uma das esperanças do time britânico, tendo no currículo uma medalha de bronze no Mundial de Patinação de Velocidade em Pista Curta, no ano passado. Após disputar as provas de 500, 1.000 e 1.500 metros, Christie encerrou a participação em Sochi, hoje, sem subir ao pódio e colecionando punições.
A primeira falha ocorreu no dia 13, na final dos 500 metros. A britânica caiu e derrubou a italiana Arianna Fontana e a sul-coreana Park Seung-Hi; as três se levantaram, e Christie terminou em segundo, teoricamente com a medalha de prata. Até ser considerada culpada pela queda das rivais e ser desclassificada.
“Se tivesse permanecido em terceiro, teria uma medalha. Mas, infelizmente, meus instintos não me permitiram fazer isso e eu apenas tentei vencer a prova”, explicou a atleta, ao jornal Guardian.
Christie foi então para a disputa dos 1.500 metros, no dia 15. Ainda na primeira bateria de classificação, ela terminou a prova lado a lado da italiana Arianna Fontana, disputando a vitória. Mas a britânica sofreu outra punição, porque um de seus patins não cruzou a linha de chegada por dentro, e ela caiu para a última posição. Seu resultado oficial foi “não terminou”.
“Eu esperava a decisão no outro dia, mas não faço ideia do que aconteceu hoje. Está sendo bem difícil”, resumiu Christie à BBC. Na ocasião, além da segunda eliminação, a escocesa ainda revelou que estava sofrendo “bullying” no Twitter por ter derrubado a sul-coreana Park Seung-Hi na final dos 500 metros.
Sua última esperança era nos 1.000 metros, nesta sexta-feira, e ela foi a melhor em sua bateria nas quartas de final. Veio a semifinal; Christie permaneceu atrás das outras três atletas, para evitar novos acidentes, mas não adiantou. Na última curva, ela se chocou com a chinesa Li Jianrou, caiu e as duas foram penalizadas, ficando fora da final.
Restou, novamente, o lamento. “Nunca, em cem anos, eu esperava ser punida por aquilo. Estou confusa. Este é o problema desse esporte: os juízes são sempre diferentes, e você tem que aceitar”, disse Christie à BBC. “Todo o time britânico está em choque. Passei todo esse tempo treinando e não ter a chance de lutar pela medalha é de partir o coração.”
Apesar da coleção de decepções, Christie promete retornar nos Jogos de 2018, em Pyeongchang, na Coreia do Sul. “Voltarei daqui a quatro anos, pode ter certeza disso.”
Russa vira hit ao limpar rosto com lenço "batizado"
A russa Ekaterina Bobrova certamente deixa os Jogos de Inverno com a sensação de dever cumprido, colaborando para o ouro de seu país na prova por equipes da patinação artística. Mas talvez ela seja mais lembrada no futuro por ter limpado o rosto com um lenço que havia acabado de "batizar", no momento que esperava para ouvir sua nota na prova de dança no gelo.
EUA são eliminados, e Obama perde duas caixas de cerveja
O presidente americano, Barack Obama, deve ter se arrependido de apostar duas caixas de cerveja com Stephen Harper, premiê canadense, nos duelos entre os dois países no hóquei no gelo, nesta semana. Hoje, a seleção dos Estados Unidos perdeu por 1 a 0 do Canadá na semifinal do torneio masculino, sendo que as americanas haviam sido derrotadas pelas canadenses ontem, de virada, por 3 a 2, na disputa pelo ouro. Harper não deixou de cutucar Obama no Twitter, após o segundo triunfo: “Como eu disse, o time americano é bom, mas ‘nós somos inverno’. Barack Obama, estou ansioso por minhas duas caixas de cerveja”, brincou o premiê canadense, citando o slogan do país para a disputa dos Jogos de Sochi. Na final, o Canadá encara a Suécia, enquanto Estados Unidos e Finlândia se enfrentam pelo bronze.
Ucranianas ganham ouro emotivo em Sochi
A equipe feminina do biatlo da Ucrânia conquistou nesta sexta a primeira medalha de ouro do país nos Jogos de Sochi, no revezamento 4x6 km. Em meio a uma grave crise nacional em que mais de 70 pessoas morreram em confrontos de rua na capital Kiev, as vencedoras levaram ao pódio toda a carga emotiva dos últimos dias.
“Estava exausta no fim da prova e chorei no pódio, não pude parar. Tentei me acalmar e me esconder atrás de meus esquis. Mas estas não eram lágrimas apenas minhas. Foram lágrimas derramadas por toda a Ucrânia”, afirmou Vita Semerenko logo após a prova.
“Disse para as meninas: temos que ganhar por toda a Ucrânia. Estamos felizes que pelo menos uma coisa boa tenha acontecido para o nosso país”, acrescentou Olena Pidhrushna.
Casos de doping e polêmica na patinação marcam sexta-feira
Dois assuntos movimentaram os bastidores da Vila Olímpica nesta sexta: os casos de doping da alemã Evi Sachenbacher-Stehle, do biatlo, e do italiano William Frullani, do bobsled, e a polêmica envolvendo a vitória da russa Adelina Sotnikova (foto) na patinação artística.
Uma petição publicada na internet já conseguiu mais de 1 milhão de assinaturas de torcedores que querem uma investigação sobre as notas dadas pelos juízes da patinação, considerando que Sotnikova teve um desempenho pior do que a sul-coreana Yuna Kim, campeã olímpica em Vancouver-2010 e medalhista de prata em Sochi.
A russa ganhou mesmo tendo um pequeno desequilíbrio na apresentação, o que não aconteceu com a segunda colocada. “Todas as perguntas devem ser feitas para os juízes, não para mim. Eu fiz meu trabalho”, esquivou-se Sotnikova.
Com relação aos casos de doping, Frullani ainda não havia participado da sua prova no bobsled, enquanto Sachenbacher-Stehle teve como melhor resultado dois quartos lugares nas cinco provas que disputou. Ambos foram excluídos dos Jogos e da Vila Olímpica.
Maya Harrisson termina em 39º no slalom do esqui alpino
A brasileira Maya Harrisson encerrou hoje sua participação nos Jogos de Inverno com o 39º lugar na prova do slalom do esqui alpino, entre 88 atletas que estavam inscritas. O tempo somado das duas descidas foi de 2min08s33, 23s79 a mais do que a americana Mikaela Shiffrin, medalha de ouro.
“Não é possível para o Brasil conquistar medalhas no momento. Não fiquei muito feliz pelo meu tempo, mas o resultado de 39º lugar entre quase 90 atletas foi bom”, resumiu Maya, ao Sportv. A esquiadora de 21 anos, nascida no Rio de Janeiro e criada na Suíça – ela ainda está aprendendo a falar português –, havia ficado na 54ª posição na outra prova que participou, no slalom gigante.
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