UOL Esporte Fórmula 1

TOP 5 - Parentes de campeões mundiais que sofreram na F-1

Sacado pela Hispania às vésperas do Grande Prêmio de Silverstone, Bruno Senna é apenas mais um parente de campeão mundial que sofre em trilhar o caminho de seus antecedentes na Fórmula 1. Apesar da crueldade da comparação, ele não conseguiu nem chegar perto de repetir a temporada de estreia do tio Ayrton, que entrou na categoria em 1984 e obteve três pódios em 14 GPs no seu primeiro ano. Confira a seguir os pilotos que não corresponderam aos seus sobrenomes.

Bruno Senna

Ahn Young-Joon/AP


Em nove corridas na temporada de 2010, Bruno Senna completou apenas três, e teve o 16º lugar conquistado na Malásia e repetido na China como o seu melhor resultado correndo com a modesta Hispania. Em consequência, não poderá disputar a sua décima prova, pois a equipe resolveu substituí-lo pelo japonês Sakon Yamamoto, que já disputou 14 grandes prêmios entre 2006 e 2007. Mas vale lembrar que ele é o brasileiro a vencer mais rapidamente na GP2, categoria de acesso em que foi vice-campeão em 2008, ganhando nas pistas de Mônaco e Silverstone. É cedo para dizer que sua trajetória na Fórmula 1 já acabou.

BRUNO SENNA É SUBSTITUÍDO POR JAPONÊS EM SILVERSTONE


Nelsinho Piquet

Reuters

Campeão da Fórmula 3 Sul-Americana e Inglesa, vice-campeão da GP2, filho do tricampeão Nelson Piquet... ele tinha tudo para fazer uma carreira de destaque na F-1, especialmente por correr ao lado do bicampeão Fernando Alonso na Renault, equipe comandada pelo experiente Flavio Briatore. Mas não foi tão simples assim. Em sua temporada de estreia, Nelsinho sofreu um acidente no GP de Cingapura que só seria esclarecido no ano seguinte. Ele bateu de propósito, seguindo ordens de Briatore, para beneficiar Alonso. Ele não foi punido após o escândalo conhecido como "Crashgate" porque atuou como informante. Mas foi afastado da categoria. Sua boa lembrança é o segundo lugar obtido na Alemanha em 2008.


Christian Fittipaldi

Pascal Rondeau/Allsport /Getty Images

Filho do ex-piloto Wilson Fittipaldi Júnior e sobrinho do bicampeão Emerson Fittipaldi, Christian estreou na Fórmula 1 quando tinha 21 anos e, assim como Bruno Senna, teve que lutar contra as dificuldades de uma equipe ?nanica?. Depois de ter sido campeão da Fórmula 3000 em 1991, fez testes na Minardi, que o contratou para a temporada do ano seguinte. Mas, das 16 provas, só participou de 10, e conseguiu pontuar apenas na penúltima, quando chegou em sexto no Japão. Em 1993, chegou em quarto na África do Sul, mas se desentendeu com os chefes e saiu antes do campeonato terminar. Voltou em 1994 com a Footwork Arrows, chegou em quarto outras duas vezes, e foi tudo o que conseguiu fazer antes de ir para a Nascar.


Michael Andretti

Getty Images

Filho de Mario Andretti, campeão em 1978, Michael chegou à Fórmula 1 dois anos depois de vencer a Cart, que hoje é a Fórmula Indy. E foi correr na McLaren, ao lado do tricampeão Ayrton Senna. Mas, nas suas três primeiras corridas, conseguiu completar apenas três voltas. Começou a ficar famoso pelos seus acidentes bizarros, consequência de sua má adaptação de uma categoria para a outra. Para piorar, ele tinha que viajar dos Estados Unidos para os locais das provas, pois não quis se mudar para a Europa. Disputou 13 corridas na temporada de 1993, completou apenas cinco, e se despediu com o terceiro lugar no GP de Monza, três provas antes do final do campeonato. Deu lugar a Mika Hakkinen, que anos depois seria bicampeão.


Irmãos Brabham

Getty Images

O australiano Jack Brabham, tricampeão mundial da Fórmula 1, já foi até dono de equipe, mas não deixou herdeiros tão vitoriosos na categoria. E foram dois. David Brabham (foto) ainda foi o menos pior. Ele estreou na escuderia do pai, em 1990, e participou de apenas oito corridas na temporada. Completou apenas uma: 15º lugar no GP da França. Quatro anos depois, teve uma nova chance, desta vez na Simtek. Participou das 16 etapas, e cruzou a linha de chegada seis vezes, sendo uma em décimo. Perto de seu irmão, é como se ele tivesse sido campeão. Gary Brabham se inscreveu no campeonato de 1990 pela Life, mas nem chegou a largar. Foram duas tentativas, no Brasil e nos EUA, sem sucesso.


Compartilhe:

    Placar UOL no iPhone

    Hospedagem: UOL Host